São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Aplicativo de mapas é vantagem dos tablets equipados com o Android 3.0

DO ENVIADO A BARCELONA

Aos poucos, enfim, começam a surgir concorrentes de verdade para o iPad.
No Mobile World Congress, destacam-se três tablets com Android 3.0, de codinome Honeycomb (favo de mel), versão do sistema móvel do Google desenvolvida para computadores com tela sensível ao toque.
O Optimus Pad, da LG, destoa um pouco por ter uma tela menor -8,9 polegadas ante 10,1 polegadas do Motorola Xoom e do Samsung Galaxy Tab 10.1- e por incluir uma câmera traseira que filma em 3D.
De frente, os aparelhos são tão parecidos que podem confundir até executivos das três empresas que os olharem de relance.
Em nenhum deles há botões físicos de navegação, que é feita por meio de atalhos virtuais fixados na parte inferior da tela: um para voltar, um para ir à tela inicial e outro para ver a lista de aplicativos abertos.
Os tablets contam com cinco telas virtuais personalizáveis, nas quais se pode colocar atalhos para programas e widgets, que mostram informações como próximos compromissos da agenda, vídeos populares no YouTube e livros eletrônicos do Google Books.
Dessa liberdade pode resultar uma bagunça que remete às mais caóticas áreas de trabalho do Windows -uma diferença radical em relação aos poucos ícones distribuídos homogênea e simetricamente no iPad.
No teste dos três tablets foi possível constatar problemas que, espera-se, estejam solucionados quando os aparelhos começarem a ser vendidos, nos próximos meses (nenhuma das empresas anunciou os preços).
Aplicativos travam com frequência, a tela nem sempre responde aos toques e, principalmente no Xoom, a mudança automática de orientação de paisagem para retrato demora quase cinco segundos, ante praticamente zero no iPad.
Uma vantagem brutal do trio de tablets em relação ao iPad é o aplicativo de mapas. Baseado no Google Maps, assim como a versão para o tablet da Apple, o programa para Android 3.0 é privilegiado com as atualizações constantes do Google, por meio das quais acumulou recursos como prédios tridimensionais e navegação GPS gratuita.
Os tablets com Android também ganham pontos por seu sistema de comando por voz, que em várias ocasiões é mais prático do que a digitação no teclado virtual.
Como toda plataforma móvel nascente, o Android 3.0 sofre com a falta de aplicativos de terceiros, que já se contam às dezenas de milhares no iPad.
Por isso, o Google anunciou o SDK (kit de desenvolvimento de software) do Android 3.0 com antecedência, em janeiro, para que os desenvolvedores possam começar a trabalhar em aplicativos para o novo sistema -é deles que depende o eventual sucesso do exército anti-iPad. (RC)


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