São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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ESPECIAL FOTOGRAFIA DIGITAL

Redes sociais alimentam mania retro

Aplicativos que dão cara antiga a fotos encontraram um ambiente para o compartilhamento eficiente e veloz

'Instagram une a estética do filme e a facilidade de distribuição do Flickr', afirma fotógrafo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O estilo fotográfico "vintage" continua a ser tendência. Com câmeras de smartphones e aplicativos como Hipstamatic, RetroCamera e Instagram, mais do que nunca.
Se antes retratos com ambiência cinematográfica eram privilégio dos profissionais e versados em Photoshop, hoje o efeito é obtido com a facilidade de um tuíte.
Inspirado na Instamatic 100, câmera 35 mm lançada pela Kodak para uso amador na década de 60, o Hipstamatic surgiu em 2009.
Embora não fosse o único a emular os efeitos de vazamento de luz, vinheta e distorção de cores de câmeras como Lomo e Instamatic, o Hipstamatic se destacou por manter o saudosismo também na interface, que imita o corpo de uma câmera antiga e oferece opções de lentes, filmes e flashes virtuais.
O que faltava era um ambiente de compartilhamento eficiente, compatível com a dinâmica das redes sociais.
Essa foi a inovação do Instagram, lançado um ano depois, em relação ao Hipstamatic, e que tem hoje mais de 7 milhões de usuários.
Para Paulo Fehlauer, fotógrafo profissional e adepto do compartilhamento instantâneo, os aplicativos fizeram do iPhone sua câmera portátil, mas não mudou sua relação com a fotografia analógica.
Simpático aos filtros de cor, ele ressalta que a inovação está mais na distribuição que no tratamento da imagem. "As Lomos viraram hits quando começaram a aparecer no Flickr. Acho que o Instagram resolve isso com a estética do filme e a facilidade de distribuição do Flickr."
Também com ênfase no aspecto social da rede, Daniela Arrais e Luiza Voll criaram o Instamission, espécie de concurso cultural temático e semanal que começou no Instagram e se espalhou pelo Twitter e pelo Facebook. Para reunir o conteúdo, usa-se a hashtag #instamission.
Antes do Instagram, a fotógrafa Tay Nascimento ficou popular no Flickr pelas cores chapadas e bordas arredondadas. Para entender o que fazia as fotos antigas mais bonitas, conta que teve que "descobrir a variedade do preto tendendo a outras cores, o contraste, os ruídos de luz e grão".
Quando teve contato como Instagram, achou chocante: "Por que raios ainda fico um dia inteiro editando uma foto, sendo que posso ter o mesmo efeito em dois segundos?"
Percebendo as limitações do aplicativo, ela diz ter se tornado mais crítica e cuidadosa com a edição. (NATASHA FELIZI)

FOLHA.com
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