São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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ESPECIAL FOTOGRAFIA DIGITAL

No Brasil, venda de câmeras digitais cresce 17% em 2011

Preço, classe C e avanço das redes sociais mantêm mercado crescendo cerca de 20% até pelo menos 2016

Concorrência é grande no país; são 38 marcas disponíveis e 430 modelos diferentes de máquina à venda

JOÃO PAULO NUCCI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As câmeras fotográficas digitais precisaram de pouco mais de uma década para aniquilar a tecnologia analógica e provocar uma revolução no comportamento do consumidor. Em 2011, os brasileiros vão comprar 5,1 milhões de máquinas digitais, segundo a consultoria GfK Retail & Technology.
O número é 17% superior em comparação com 2010 e inclui apenas o mercado formal -o que significa que o número real de equipamentos vendidos pode ser até duas vezes maior, graças à disseminação de produtos contrabandeados.
"O mercado brasileiro cresce muito acima da média mundial, que neste ano vai ficar em 4%", diz Alex Ivanov, diretor de negócios da GfK.
Segundo a GfK, o país vem ganhando importância em relação ao total de vendas globais de câmeras. Neste ano, o mercado local deverá absorver o equivalente a 3,5% da produção mundial, estimada em 144 milhões. Há dois anos, a fatia brasileira foi de 2,3% em um universo de 130 milhões de unidades.
Executivos ouvidos pela Folha creem que as vendas deverão continuar evoluindo a um ritmo próximo dos 20% até 2016, pelo menos.
A principal responsável pelo crescimento acelerado do mercado é a nova classe média, que tem hoje à disposição equipamentos de qualidade por preços a partir de R$ 249 em parcelas a perder de vista. "Até 2013, a classe C deverá responder por 35% do mercado", diz Thiago Onorato, gerente da área de imagem digital da Sony.
Os preços caíram por uma conjunção positiva de fatores: o barateamento dos componentes que ocorre naturalmente quando uma tecnologia se massifica; a queda acentuada do dólar; e a chegada de novos competidores ao mercado. Hoje, no Brasil, há 38 marcas e 430 diferentes modelos, segundo a GfK.
Nem a onipresença dos celulares com câmeras é capaz de abalar as vendas.
O avanço das redes sociais também contribui para o fenômeno da onipresença da câmera fotográfica. Boa parte da informação publicada em serviços como Facebook, Orkut e Twitter (sem falar no Flickr, próprio para fotografias) é baseada em imagens.


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