Aparência retrô e recursos pouco comuns em máquinas digitais podem causar nostalgia em fotógrafos veteranos

MARCELO JUSTO
DE SÃO PAULO

A Fujifilm FinePix X100, de magnésio fundido, revestida de couro, parece uma Leica analógica. Sem ver o visor LCD, é difícil concluir que se trata de uma câmera digital.
O lançamento da Fujifilm é uma compacta diferente de qualquer outra no mercado. Tem atributos notáveis, como a objetiva de 23 mm -que, desconsiderando o sensor, equivalem aos clássicos 35 mm.
Ela pode causar nostalgia em veteranos que queiram reatar a intimidade com o fato e esquecer aquele zoom ótico ou digital que a maioria das compactas usa e que compromete muito o resultado final.
Outro ponto positivo é a captação do sensor APS-C CMOS, cuja qualidade é bem próxima à de uma DSLR (câmera reflex mono-objetiva digital), o que poderá impressionar profissionais da área.
Um detalhe importante é que, como ela é uma câmera nova, seu modo RAW, que a Fuji nomeou de RAF, não abre em qualquer programa.
Adobe Lightroom e Photoshop, por exemplo, precisarão da versão 3.7 do Adobe Camera RAW, ou só abrirão um JPEG.
A objetiva de 23 mm é bem mais clara em comparação com a de compactas disponíveis no mercado. O ISO padrão é de 100-3200, mas o modo de alta sensibilidade pode elevá-lo a 200-6400 e a 100-12800. Isso possibilita boas fotos em ambientes com baixa luz, sem a necessidade do uso do flash embutido.
O botão de velocidade do obturador é idêntico ao das Leicas M, com velocidades que variam de 30 s a 1/4.000 s. Ele é de fácil acesso -fica ao lado do botão disparador. É possível usá-lo sem tirar os olhos do visor.


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