São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 2011

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HTML5 traz mais liberdade, afirma editor

DE SÃO PAULO

O HTML5, a próxima grande versão da linguagem usada na construção de páginas na web, representa independência e liberdade de expressão aos editores, segundo Johannes Ippen, 27, e Nico Engelhardt, 26.
Os dois se juntaram ainda em 2009 (antes do lançamento do iPad) para criar a "Aside" (asidemag.com), que diz ser "a primeira revista do mundo feita somente com HTML5".
"Não nos entenda errado, nós amamos a loja de aplicativos da Apple, mas, no nosso mundo, as revistas são conteúdo, e não software. Não queremos uma grande empresa decidindo se nosso conteúdo deve ser publicado", afirmam à Folha os desenvolvedores de Berlim.
Segundo eles, o HTML5 garante que a publicação chegue ao mercado e que não possa ser retirada depois.
"Em comparação aos sites clássicos, você pode fazer muito mais com o HTML5, incluindo efeitos de transição entre páginas, infográficos interativos, vídeos e amostras de música", dizem. Mas admitem as limitações: "Ainda não conseguimos acessar algumas funções do aparelho."
Outro problema da "Aside" é que ela não funciona em aparelhos que não usem o sistema da Apple. "O HTML5 dá a possibilidade de tornar a revista disponível a outros aparelhos, sim. Atualmente, estamos trabalhando em uma versão para o Android."
Nesse ponto, a pequena "Aside" e o grande "Financial Times" têm muito em comum. O aplicativo em HTML5 do jornal também só funciona no aparelho da Apple.
Por enquanto, pelo menos, segundo Mary Beth Christie, gerente de produtos do site do jornal. "[Disponibilizar o aplicativo para Android] não é um grande problema para nossos desenvolvedores. Falta só fazermos os testes para nos certificar de que o funcionamento está correto", diz.
Para Christie, a grande vantagem do HTML5 está em servir a uma maior diversidade de dispositivos. "Faz mais sentido criar um aplicativo que pode ser acessado por meio da internet e a partir de qualquer aparelho, em qualquer lugar", afirma.
Mas o ideal é manter um aplicativo nativo de cada plataforma e um em HTML5, diz. (AMANDA DEMETRIO)


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