São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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Feira mostra novos recursos para jogos

Na Tokyo Game Show, mafiosos japoneses e zumbis dividem as atenções com sistemas sensíveis a movimentos

Evento adiantou novidades e tendências de uma indústria que o Japão transformou em um negócio bilionário

DO ENVIADO ESPECIAL A CHIBA

Filas intermináveis, brindes a granel, lindas promotoras nipônicas, cosplay e muitos, muitos jogos para experimentar. A Tokyo Game Show 2010, um verdadeiro paraíso para qualquer fã de videogames, adiantou novidades e tendências de uma indústria que o Japão transformou em um negócio bilionário.
Desta vez, além das tradicionais franquias que sempre despertam a atenção dos orientais, como Final Fantasy, Metal Gear Solid e Monster Hunter, figuraram entre as atrações o Move e o Kinect, que mudam o jeito de jogar o PlayStation 3 e o Xbox 360, respectivamente.
O PlayStation Move, que chegou às lojas ocidentais na semana passada, é o controle de movimentos do PS3, ou seja, funciona nos mesmos moldes do Wii Remote. Até o estilo dos títulos é parecido: há games de tiro, pingue-pongue, luta e por aí vai.
O diferencial do Move está, antes de qualquer coisa, nos games em alta definição, algo que o Wii não é capaz de gerar. Indo além, a Sony pretende implementar o uso opcional do controle em títulos de grande porte, como Killzone 3, jogo de tiro previsto para 2011. Em suma, a empresa não está mirando apenas o jogador eventual.
Bem diferente da estratégia do Kinect ao menos até o momento. O acessório para Xbox 360 que dispensa o uso de controles investe em uma linha de títulos de mecânica simples, como Joy Ride, uma corrida bem descontraída, e Your Shape, com exercícios para manter a boa forma.
Mas o Kinect, que será lançado em novembro, certamente deve ganhar títulos mais elaborados com o tempo. Um deles, anunciado durante a TGS, é Codename D, do famoso game designer Goichi Suda, o "Suda51", e se passa em um parque de diversões mal-assombrado.

ZUMBIS, RPGS E FUTEBOL
Mesmo sem um novo capítulo de Resident Evil em vista, a cota de mortos-vivos da Tokyo Game Show excedeu as expectativas. E vem justamente do criador da franquia o promissor Shadows of the Damned, anunciado pela Electronic Arts na véspera da feira, que leva o jogador ao inferno para salvar a sua amada. O enorme poder de fogo do protagonista garante a matança desenfreada de demônios.
E tinha zumbis para todos os gostos, desde uma divertida invasão à cidade de Las Vegas, em Dead Rising 2, da Capcom, até Of the End, que mistura as criaturas à máfia japonesa na série Yakuza.
Houve, como já é hábito na TGS, um amplo espaço para RPGs, um dos gêneros favoritos dos nipônicos. Final Fantasy XIV, da Square-Enix, apareceu apenas em vídeo, mas já foi o suficiente para abarrotar de gente o estande da empresa.
A surpresa entre os RPGs foi Ninokuni, desenvolvido pela Level 5 para o PS3 em parceria com o estúdio de animação Studio Ghibli, que está por trás de filmes de animação como "A Viagem de Chihiro". Os gráficos e animações são as principais atrações do título.
Os nipônicos, chegados à série de futebol Winning Eleven, disputaram um espacinho no estande da Konami para jogar a nova versão do game, intitulada Pro Evolution Soccer 11. Para os brasileiros, uma das novidades mais interessantes é a presença do torneio Libertadores da América. (THÉO AZEVEDO)


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