São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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Querido Steve Jobs...

Recluso, fundador da Apple responde a fãs, bate boca com jornalista e até reflete sobre a vida em trocas de mensagens divulgadas nos últimos meses

RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO

O recluso Steve Jobs, fundador e executivo-chefe da Apple, uma das empresas mais fechadas do mundo, tem respondido quase compulsivamente a vários e-mails de fãs, que depois divulgam a troca de mensagens na internet.
O hábito se tornou tão frequente que já existem sites como o sentbystevejobs.com, dedicados a compilar missivas do poderoso chefão da Apple a cidadãos comuns.
As respostas costumam se resumir a "sim" ou "não", o que já é suficiente para deliciar os entusiastas da marca.
"Meu Deus, não vou limpar minha caixa de entrada nunca mais!", comemorou Devir Kahan, que reclamou em fevereiro sobre um problema com um teclado da Apple e recebeu de Jobs uma promessa de conserto e um pedido de desculpas.
Dono de uma pequena empresa, John Devor gastou 2.612 toques para reclamar sobre o aviso legal que recebera de advogados da Apple para parar de usar a marca registrada iPod em um de seus softwares.
"Mude o nome do seu programa. Não é nada de mais", disparou Jobs.
Em maio, o fundador da Apple deixou de lado o laconismo em um longo bate-boca com Ryan Tate, blogueiro da Gawker, empresa de mídia que comprou um protótipo do iPhone 4 e revelou-o no Gizmodo (leia a conversa em bit.ly/jobsvsgawker).
Mas os assuntos tratados por Jobs em e-mails não se limitam a frivolidades de software e hardware.
Em abril, um rapaz que perdeu a namorada, vítima de câncer, agradeceu a Jobs por ele ter lutado pela aprovação de uma lei de doação de órgãos na Califórnia.
"Não há de quê, James. Sinto muito por sua namorada. A vida é frágil."


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