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Querido Steve Jobs...Recluso, fundador da Apple responde a fãs, bate boca com jornalista e até reflete sobre a vida em trocas de mensagens divulgadas nos últimos meses
RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO
O recluso Steve Jobs, fundador e executivo-chefe da
Apple, uma das empresas
mais fechadas do mundo,
tem respondido quase compulsivamente a vários e-mails de fãs, que depois divulgam a troca de mensagens na internet.
O hábito se tornou tão frequente que já existem sites
como o sentbystevejobs.com, dedicados a compilar
missivas do poderoso chefão
da Apple a cidadãos comuns.
As respostas costumam se
resumir a "sim" ou "não", o
que já é suficiente para deliciar os entusiastas da marca.
"Meu Deus, não vou limpar minha caixa de entrada
nunca mais!", comemorou
Devir Kahan, que reclamou
em fevereiro sobre um problema com um teclado da
Apple e recebeu de Jobs uma
promessa de conserto e um
pedido de desculpas.
Dono de uma pequena empresa, John Devor gastou
2.612 toques para reclamar
sobre o aviso legal que recebera de advogados da Apple
para parar de usar a marca
registrada iPod em um de
seus softwares.
"Mude o nome do seu programa. Não é nada de mais",
disparou Jobs.
Em maio, o fundador da
Apple deixou de lado o laconismo em um longo bate-boca com Ryan Tate, blogueiro
da Gawker, empresa de mídia que comprou um protótipo do iPhone 4 e revelou-o no
Gizmodo (leia a conversa em
bit.ly/jobsvsgawker).
Mas os assuntos tratados
por Jobs em e-mails não se limitam a frivolidades de software e hardware.
Em abril, um rapaz que
perdeu a namorada, vítima
de câncer, agradeceu a Jobs
por ele ter lutado pela aprovação de uma lei de doação
de órgãos na Califórnia.
"Não há de quê, James.
Sinto muito por sua namorada. A vida é frágil."
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