São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2010

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GAMES

À moda antiga

Documentários e eventos mostram força de games pioneiros, como Tetris

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Adam Cornelius não tem tempo para World of Warcraft ou Red Dead Redemption. Seu negócio é Tetris. Tanto que está fazendo um documentário sobre o jogo e declara: "A tecnologia está matando os games."
É fato que a complexidade dos jogos atuais tem atraído novas gerações, mas também tem afastado muitos, como quem cresceu jogando Pac-Man e Donkey Kong.
Para esses, não faltam oportunidades para reviver o passado em emuladores na internet, enquanto especialistas se debruçam sobre sua história em livros, filmes e até mesmo num museu.
O documentário de Cornelius, "Êxtase da Ordem", em pós-produção, vai atrás dos grandes jogadores de Tetris da história e os reúne num campeonato em Los Angeles, que aconteceu nesse mês. Robin Mihara, um dos gênios do Tetris, é o apresentador.
Para ele, o jogo é um dos poucos que se parecem com um esporte profissional. Cerca de 500 pessoas jogaram entre si no torneio. A final passou num telão, e a gritaria foi maior do que em muitos jogos da Copa do Mundo.
Um segundo documentário sobre games está sendo feito nos EUA, "Gameplay", mas este se debruça na indústria como um todo, desde o seu começo nos anos 50.
"Os games atuais têm uma certa profundidade que requer um investimento significativo de tempo", disse o diretor, Bill Loguidice. "Jogos clássicos como Pac-Man e Tetris permitem que você invista pouco tempo e, ainda assim, tenha o máximo deles."
Pioneiros dos games foram agraciados neste mês no festival The Big Bang, na pequena Ottumwa, cidade no Iowa de 26 mil habitantes que luta pelo título de "capital mundial do videogame".
Mais de 4.000 pessoas participaram do evento, que contou com cem tipos de consoles, de NES a PS3. Havia também 20 fliperamas e nove tipos de Pac-Man.
A cidade quer construir um museu nos próximos cinco anos e já inaugurou seu hall da fama do videogame. Josh Bolinger, curador de arquivos do museu, explica: "Queremos mostrar às futuras gerações de onde vieram os videogames de hoje."


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