São Paulo, quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

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Campus Party tem filas até no último dia

Na saída, espera para checar bagagem chega a durar três horas

Barracas deixadas no acampamento serão entregues aos desabrigados pelas enchentes no Rio

ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

Filas, filas e mais filas. Depois de esperarem até oito horas para entrar, os participantes da Campus Party enfrentaram uma fila de até três horas para sair.
No evento era constante a espera: para entrar e sair da arena, para se credenciar, para registrar equipamento e para assistir às principais palestras.
Para deixar o evento, todos as bagagens dos campuseiros tinham que passar por máquinas de raio-X.
Mais de 4.000 participantes acampados tiveram que passar malas e barracas pelas máquina -e só havia dois equipamentos do tipo.
A verificação do crachá e a conferência do número de inscrição com o código impresso na etiqueta que catalogava cada computador também atrasaram a saída.
O maior evento de tecnologia do Brasil foi formalmente encerrado às 23h de sábado. Mas os campuseiros tiveram até as 12h de domingo para deixar o evento, quando a organização cortou a internet das mesas e das centenas de cabos espalhados pelo local. Só então é que as filas intermináveis surgiram.
O campuseiro teve a chance de doar a barraca de camping às vítimas de inundações no Rio de Janeiro.
Quem quis ajudar foi orientado a deixar a barraca desmontada na área do acampamentos, para que a organização pudesse enviá-las para a Cruz Vermelha.
Além das filas e dos apagões, outro motivo de grande reclamação foi a falta de ventilação dentro do evento. Segundo o médico responsável pelo plantão na Campus Party, Fernando Sanos, foram cerca de 123 atendimentos médicos em uma semana.
A maior parte, segundo o próprio médico, foi causada pela comida e pelo forte calor.


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