São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2011

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Sites de leilões de R$ 0,01 são alvo de críticas na internet

Clientes comentam sobre robôs que dão lances automáticos, com a intenção de inflacionar produtos

Advogado diz que sites não são ilegais; se o cliente se sentir lesado, pode procurar o Procon e a defensoria pública

ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

"O lugar onde você pode comprar produtos de R$ 4.000 por R$ 2,45", diz o mote de um site de leilão de um centavo. A proposta parece irresistível, mas é tão boa que gera desconfiança.
Nessa modalidade de site, os usuários precisam comprar os lances para poder participar de um leilão. Aí está o pulo do gato: a maioria dos portais vende cada lance de R$ 0,01 a R$ 1. Um cronômetro regressivo torna a disputa tensa. Os lances são válidos por um prazo bem curto -30 segundos é o mais comum. Se ninguém der novo lance dentro desse intervalo, o último ganha o direito de comprar o produto pelo preço especificado.
Uso de robôs que dão lances automáticos, com a intenção de inflacionar o produto, interrupção de leilões sem explicação e suposta intenção de confundir os clientes são apenas algumas das reclamações existentes em fóruns, blogs e sites na internet. Somente um dos sites, o Olho no Click, é alvo de quase 500 reclamações no Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br).
Victor Haikal, sócio do PPP Advogados e especialista em direito digital, diz que os sites não são ilegais. "Pode soar como abusivo, mas participa quem quiser, tem contrato, você assina etc."
Antes de participar, é importante prestar atenção nos termos de serviço, diz. "Se o cliente se sentir lesado ou enganado, pode procurar o Procon. É só anotar o número do leilão e abrir uma reclamação. Pode alegar "desequilíbrio na relação", por causa da compra de algo que vale R$ 0,01 por R$ 1".


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