|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EDITAL
Sebrae vai disponibilizar R$ 5,8 milhões para o sistema; Brasil fica em segundo no ranking de unidades em operação
Incubadoras de empresas ganham espaço
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As chances de fazer parte de
uma incubadora cresceram. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas)
lançou no início de maio um edital de licitação disponibilizando
R$ 5,8 milhões para favorecer 102
projetos (novos e já existentes).
Incubadoras são instituições ligadas a universidades, órgãos governamentais ou institutos de
pesquisas que oferecem espaço físico, suporte técnico e consultoria
para formação de novas empresas, em troca de uma taxa.
Em média, elas ficam na estrutura por cerca de três anos antes
de serem lançadas no mercado.
"Esse sistema transforma boas
idéias em empresas com condições de disputar a concorrência",
diz o presidente do Sebrae nacional, Sérgio Moreira, 40.
De acordo com a Anprotec (Associação Nacional de Entidades
Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas), o
Brasil é atualmente o segundo
país em número de incubadoras,
com cerca de 180 em operação,
atrás apenas dos Estados Unidos.
"O sistema de incubação e as
empresas graduadas [aquelas que
já saíram do projeto] movimentaram em 2000 cerca de R$ 600 milhões. Contando o patrimônio
físico das empresas, esse valor
sobe para R$ 1 bilhão", afirma o
presidente da Anprotec, Luis
Afonso Bermúdez, 48. Segundo
ele, a taxa de crescimento
anual é de 30%.
No rastro do prestígio
O vínculo com institutos é
apontado como o grande trunfo
para as empresas residentes.
"Na hora de apresentar os produtos ao mercado, elas carregam
consigo o prestígio da entidade a
que estão associadas", afirma Sérgio Risola, 51, gerente do Cietec
(Centro Incubador de Empresas
Tecnológicas), ligado à USP (Universidade de São Paulo).
No Cietec, 13 empresas desenvolvem produtos de tecnologia de
ponta, como células de energia e
equipamentos hospitalares. Até o
final do ano, a expectativa é a de
que haja 132 empresas residentes.
Em 1998, quando entrou no Cietec, o físico Spero Penha Morato,
57, e seus quatro sócios conseguiram levantar US$ 80 mil (R$
189.520) de capital para criar a LaserTools, empresa que faz cortes,
solda e gravações de precisão.
Hoje têm mais de 800 negócios
realizados e faturamento mensal
de R$ 30 mil. "Sem a incubadora
teríamos o produto, mas não poderíamos colocá-lo no mercado."
Mas esses empreendedores
também passam por dificuldades.
"Ainda falta dinheiro. Quando
não há uma grande estrutura por
trás, a assessoria disponível às
empresas torna-se difícil", avalia
Risola.
(GUILHERME CASTELLAR)
Anprotec: 0/xx/61/340-5866;
Cietec: 0/xx/11/3812-8466;
Sebrae: 0800-780202.
Texto Anterior: Grandes redes se adaptam para ganhar público Próximo Texto: Projeto atende população de baixa renda Índice
|