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Projeto atende população de baixa renda
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Profissionais de baixa renda
também contam com um modelo
de incubadora que estimula a
criação de pequenos negócios. A
diferença é que não criam empresas, mas cooperativas de trabalho.
"Ao contrário das incubadoras
que aportam empresas, nós apenas treinamos os interessados a se
unirem em cooperativas e os capacitamos para o mercado", diz
Gonçalo Guimarães, 44, coordenador da Incubadora de Cooperativas da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro), a primeira do país, criada em 1996.
Hoje há 13 dessas incubadoras.
As diferenças não param por aí,
a começar pelo conceito. Diferentemente de uma empresa, no Brasil são necessárias pelo menos 20
pessoas para a abertura de uma
cooperativa. Por meio de assembléias é eleito o conselho administrativo que vai gerir os negócios.
Os lucros são divididos entre os
associados proporcionalmente
aos serviços prestados.
Sem capital
A CooperBrilha, que presta serviços de limpeza e manutenção,
foi criada no final de 1998 por desempregados na Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade de São Paulo.
Ela foi aberta sem capital. "Na
época tivemos de pegar emprestado com amigos e parentes R$ 100
para registrá-la. Alguns deram o
que tinham, moedas e até passes
de ônibus", afirma Rogério Antônio Gonçalves, 31, presidente eleito. Passados dois anos, o faturamento de 2000 foi de R$ 58 mil,
dividido entre os 36 cooperados.
(GC)
Incubadoras de Cooperativas da
UFRJ: 0/xx/21/598-9206; Incubadora
Tecnológica de Cooperativas Populares da USP: 0/xx/11/3818-5828.
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