da Reportagem Local
free-lance para a Folha

Uma pesquisa da Fundação Seade mostra que, de cada 20 pessoas, 1 trabalha em casa. Já a Associação Brasileira de Recursos Humanos estima que 6 milhões de brasileiros trabalharão "no lar" na virada do século.
Esses números são usados pelo diretor da consultoria Clínica de Negócios, Álvaro Mello, 50, para justificar a importância dos negócios caseiros. Sua empresa é responsável pela organização da Ilha de Negócios em Casa, do 8º Salão de Novos Negócios.
Uma das participantes, a Casa das Essências, vende kits com cursos para os empreendedores. Por R$ 80, é possível comprar uma apostila e uma fita de vídeo que ensinam dez motivos diferentes de vela. Outro kit, de R$ 50, traz 58 receitas de sabonetes, sachês, sais de banho e perfumes.
"Uma vela pode ser produzida por R$ 4 e vendida por R$ 20", diz Sergio Pereira, diretor comercial da Casa das Essências.
Outra empresa que oferece oportunidades de negócios em casa é a Mahar Cosméticos, especializada há cinco anos na comercialização de cremes, maquiagem e perfumes em domicílio.
A meta da empresa é chegar ao total de 250 distribuidores em todo o país. Atualmente, o número não passa de 90.
A marca lança dois produtos por ano e conta com um catálogo de 66 cosméticos -preço unitário médio de R$ 20.
"O distribuidor tem um desconto de 60% no preço dos produtos", afirma Hortência Boscolo, diretora da Mahar Cosméticos, que participa do Salão de Novos Negócios pela terceira vez.
Segundo Hortência, o lucro de um representante da empresa varia de R$ 800 a R$ 10 mil por mês.


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