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Águas de Lindóia agora atrai poucos colecionadores

Durante cinco dias, cerca de mil carros são expostos para um público de aproximadamente 350 mil pessoas

Segundo aficionado por veículos, foco tem sido desviado para a cidade mineira de Araxá, que realiza evento bienal

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Antes, a cidade era mais conhecida como estância hidromineral. Hoje, porém, o evento que mais atrai turistas para Águas de Lindoia (a 163 km de São Paulo) é o Encontro Paulista de Autos Antigos. Nesse ano, o evento tem início no dia 15 de abril e, durante cinco dias, estima-se que mil carros serão expostos atraindo 350 mil visitantes.

A badalação, porém, começa a jogar contra o evento. Colecionadores que antes levavam suas peças para a cidade paulista já não têm mais interesse em fazê-lo. É o caso de Luís Cezar Pereira, diretor-esportivo do MG Clube do Brasil. "De uns cinco ou seis anos para cá, o encontro perdeu o charme. Aqueles que têm carros muito bons não os levam mais. Não existem mais raridades em Águas de Lindóia. Para quem acompanha esses eventos, o que vai para lá é mais do mesmo."

Para ele, o evento tem sido descaracterizado pelo aumento de expositores de "street cars" -automóveis modificados, não necessariamente antigos. Colecionadores também apontam ao aumento dos custos -impulsionados pelo parque hoteleiro insuficiente- como barreira.

"Uma cerca separa os carros dos espectadores, mas a gente vê muitos deles colocando os filhos sentados nos bancos para tirar fotos".

Colecionadores têm enfocado para outra exposição, o Encontro Brasileiro de Autos Antigos, que acontece em Araxá (MG) a cada dois anos. A próxima edição será em 2012, em data a definir.

Para Luís Cezar, o evento mineiro é o de melhor qualidade realizado no Brasil, mesmo reunindo menos carros que Lindóia. "É comparável ao melhor evento do gênero da América do Sul, o Autoclassica Buenos Aires."

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