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Ida a rio Jordão tem portão com cercas de arame e seguranças

Desembocando no mar Morto, curso-d'água é poluído e pouco convidativo a um banho

DA ENVIADA A ISRAEL

Avançando a leste pela Cisjordânia, chega-se ao rio Jordão, onde Jesus teria sido batizado por são João Batista. Fica também em território reivindicado pela Autoridade Nacional Palestina.

É um dos locais mais prestigiados por grupos de turistas evangélicos, que assim podem compartilhar uma passagem da vida de Cristo sem entrar em igreja nenhuma além da sua.

Mas o rio Jordão mudou demais, dos tempos bíblicos para cá. Para entrar no parque turístico, transpõe-se um portão com cercas de arame farpado e seguranças israelenses armados. Uma grande placa amarela adverte em hebraico, inglês e árabe: "Possibilidade de minas".

Na loja de suvenires, vendem-se (200 mil shekels ou R$ 100) túnicas brancas, como seriam as dos apóstolos, para entrar no rio. Há também vestiários. Cuidado com o entusiasmo, porém.

O paninho da túnica é muito fino. Ao entrar em contato com a água, cola na pele e fica transparente. Outro problema é a poluição do rio. O guia que nos acompanhava avisou: "Quem quiser entrar, feche bem a boca, olhos e o nariz". Ninguém do grupo quis.

O próximo destino é o mar Morto, que também não está nada bem, já que boa parte de suas águas vem do Jordão.

Como uma represa que está secando, o mar Morto está diminuindo de área. Um píer que antes estava sobre o mar agora jaz, surreal, a 100 m da água. Cenário desolador.

Os turistas aproveitam a sensação de entrar naquela solução ultrassalobra (dez vezes mais que o oceano). O corpo humano boia, mesmo sem querer.

(LAURA CAPRIGLIONE)

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