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Akko exibe ruínas do tempo das Cruzadas

Napoleão Bonaparte foi derrotado depois de sitiar a cidade por 63 dias

Militar teve no local sua primeira derrota, entre suas várias campanhas; balas de canhão estão expostas nos jardins

JULIO ABRAMCZYK
ENVIADO ESPECIAL A ISRAEL

O Brasil ainda não havia sido descoberto e uma cidade do Oriente Médio já era palco de muitas guerras. Nos últimos anos, a cidade de Akko (ou Acco ou Acre) vem se tornando uma das mais interessantes áreas históricas do norte de Israel graças ao empenho de seus arqueólogos.

Dos vários embates ocorridos em Akko, um dos mais recentes foi a tentativa frustrada de Napoleão Bonaparte de ocupar a cidade.

No dia 18 de março de 1759, quando chegou às suas portas, provavelmente esperava ser recebido com festa.

Mas, 63 dias depois de sitiar a cidade e gastar muitas balas disparadas pelos seus canhões, perdeu a guerra. Essas balas, verdadeiras bolas de aço, foram recolhidas,e hoje algumas delas estão expostas nos jardins da cidade.

Foi a primeira derrota dentre as várias campanhas que Napoleão empreendeu. Esperava, através de Akko, chegar ao Leste Europeu e, possivelmente, à Rússia.

Ao bater em retirada, magoado pelos otomanos que o derrotaram, divulgou uma proclamação pouco conhecida, dirigida "aos herdeiros legítimos da Palestina" e convidou os israelitas, "a única nação que, em milhares de anos, somente a ambição da conquista podia privá-los das terras ancestrais, porém não do nome e da existência nacional", para "reclamar a restauração de seus direitos entre a população do universo".

Tentou 13 anos mais tarde, por outro caminho, conquistar a Rússia, e sofreu sua segunda e mais conhecida derrota militar devido ao rigoroso inverno europeu.

AS CRUZADAS

As Cruzadas deixaram uma marca indelével em Akko.

Os membros das Cruzadas eram filhos de senhores feudais da Europa. Frequentemente, se tratava do terceiro filho, que não poderia herdar as propriedades da família.

Esses cavaleiros feudais deserdados não tinham nada a perder e muita honra a ganhar. Eles permaneceram na Terra Santa por dois séculos, de 1099 a 1291, e transformaram Akko em capital do Reino dos Cruzados, quando tiveram de sair de Jerusalém.

Em 1291, antigos escravos guerreiros já donos do Egito, os mamelucos, invadiram o local e destruíram o que puderam. Nos dois séculos seguintes, melhoraram a infraestrutura. Com seu porto, tornou-se um próspero entreposto comercial internacional.

Descobertos, vestígios das ruínas vêm sendo restaurados. Partes intactas de edifícios com seus detalhes arquitetônicos surgem em uma estrutura subterrânea: a cidade otomana foi construída sobre a cidade dos cruzados.

Leia mais sobre Akko em
folha.com/no1024058

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