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Rio antigo fica à pouca distância do porto carioca

Paço Imperial e chafariz do Mestre Valentim remetem à história do país

Passeio a pé até a praça Quinze exige fôlego e atenção redobrada com pertences e câmeras, mas até que vale a pena

DO EDITOR DE “TURISMO”

Quem já viu, sempre quer rever: a chegada do transatlântico ao Rio é uma experiência que embasbacou até mesmo James Cook (1728-1779), o capitão inglês a quem se credita a descoberta do Havaí e da Austrália.

As ilhas Cagarras e, a seguir, o cenário montanhoso diante do mar já podem ser avistados logo ao amanhecer, antes das 6h da manhã. Mas são poucos os cruzeiristas que de dispõem a madrugar para ver o navio se aproximando do porto.

Uma vez aportados junto ao cais, os navios oferecem passeios clássicos, em ônibus com ar-condicionado, para locais como Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Floresta da Tijuca e mesmo para as praias de Ipanema e Copacabana.

Mas quem for bom andarilho e já tiver feito esses tradicionais passeios cariocas, poderá arriscar uma aventura pelo centro velho, repleto de atrações histórico-culturais.

Evite pegar um táxi logo no desembarque e providencie já no saguão do porto um mapinha mostrando a praça Quinze, a mais antiga do Rio, e o seu entorno.

Atravesse o elevado por baixo e ande em direção à igreja da Candelária. A seguir, o chafariz do Mestre Valentim, de 1789, é testemunha até do desembarque da corte portuguesa, quando dom João 6º, acompanhado de 10 mil pessoas, chegou ao Rio de Janeiro em 1808.

Ao redor, num local bem popular onde convém não ostentar câmeras e pertences, fica o Paço Imperial, de 1743, recentemente restaurado, também tido como o palácio mais antigo do Rio.

Por ali, os caminhos do centro levam a igrejas barrocas e rococós, caso da singela igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, construída entre 1747 e 1771.

Outras duas fachadas que remetem ao passado são as das igrejas de Nossa Senhora do Carmo (1761) e da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo (1770), uma ao lado da outra, atrás do Paço imperial.

Outro local que recorda o Rio antigo é o Arco do Teles, onde uma antiga casa deve ter alojado a pensão onde viveu a atriz Carmen Miranda, nascida em Portugal em 1909 e morta nos Estados Unidos em 1955.

ARTE CONTEMPORÂNEA

O destino final desse passeio pode bem ser o Centro Cultural do Banco do Brasil (www.bb.com.br), na rua Primeiro de Março, 66. Instalado num prédio luxuoso que já foi sede do banco, o local abriga exposições permanentes sobre numismática, mostras de arte contemporânea, tem boa livraria no andar térreo e agora, até o dia 29 de janeiro, tem entre suas atividades uma mostra sobre a Índia, com entrada franca e aberta ao público de terça à domingo, das 9h às 21h.

(SILVIO CIOFFI)

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