Índice geral Turismo
Turismo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Turismo de aventura luizense faz rafting

Prática consiste em descer corredeiras em botes infláveis e permite contato com mata atlântica local preservada

Participante deve usar filtro solar e repelente; instrução de segurança desperta algum medo, mas risco é controlado

DO ENVIADO A SÃO LUIZ DO PARAITINGA

Próxima ao núcleo Santa Virgínia do parque estadual da Serra do Mar, São Luiz do Paraitinga é um polo de ecoturismo, cuja atividade do gênero mais famosa é o rafting.

O passeio, com duração de duas, quatro ou seis horas, pode ser comprado nas agências Cia. de Rafting (www.ciaderafting.com.br) e Montana (www.montanarafting.com.br), situadas no centro histórico.

Por serem realizadas em área preservada no entorno da cidade, as descidas são limitadas a dias específicos.

As corredeiras estão localizadas no rio Paraibuna, entre os municípios de Paraitinga e Natividade da Serra (SP), para onde os participantes são levados em vans.

Recomenda-se dormir cedo e não ingerir bebidas alcoólicas na noite anterior.

Antes do início, passe protetor solar e repelente -os frascos, bem como carteira e celular, não embarcam.

Uma vez que o grupo esteja reunido na mata, os instrutores passam às regras de segurança: como não quebrar acidentalmente os dentes de um colega, como não quebrar um osso ao caminhar pelas trilhas, como se comportar no caso de cair na água.

O discurso pode causar um certo medo nos iniciantes, mas, usando o equipamento de segurança, é muito difícil se machucar seriamente.

Os turistas embarcam de tênis e camiseta, por baixo do colete salva-vidas, que não deixa o aventureiro afundar.

É bom dizer que a roupa estará irremediavelmente molhada ao fim do passeio.

Uma vez dentro do bote, é necessário seguir cuidadosamente as ordens do instrutor e remar. Remar muito. Quanto mais descoordenada é a equipe, mais intenso é o esforço dos tripulantes.

As cachoeiras mais intensas da descida são as de nível quatro -as mais difíceis que um amador tem permissão para descer, numa escala que vai de um a seis.

EVITANDO ACIDENTES

Em certos trechos do percurso, os instrutores orientam os tripulantes a descer do bote e contornar as cachoeiras mais perigosas a pé.

Dizem os profissionais que é nesses momentos que as lesões são mais frequentes.

Na descida que a Folha acompanhou, uma turista torceu o tornozelo justamente em uma das trilhas. Os instrutores a transportaram para um dos pontos de parada e fizeram uma tala. Um veículo a levou até o hospital.

Dentro do bote de rafting, os riscos são mais óbvios. Senta-se na extremidade da embarcação, não dentro dela. Qualquer receio, porém, desaparece logo na primeira corredeira.

Apenas em um ponto do percurso de quatro horas, sugestivamente apelidado de Capotador, o mais legítimo dos aventureiros tem a impressão de que não vai chegar inteiro do outro lado.

A intrépida reportagem, que desceu uma vez e viu outros seis botes passarem pelo mesmo lugar, não testemunhou nenhum contratempo.

Além de sentir a força da correnteza, o passeio também incluiu diversos momentos tranquilos e bucólicos, que dão ao turista a chance de curtir o silêncio e admirar a mata atlântica. Guerra de água entre botes e mergulho nas águas claras do rio Paraibuna também fazem parte do pacote.

(DANIEL MÉDICI)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.