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Precauções simples podem amenizar os efeitos do jet lag

Sonolência e dificuldade de concentração são sintomas comuns e mais intensos em viagens em direção ao leste

Exposição à luz no local de destino pode regular produção de hormônio que ajuda a controlar a aclimatação, diz médico

DANIEL MÉDICI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O jet lag é difícil de definir, mas qualquer um que já tenha feito uma viagem intercontinental sabe o que ele significa. Entre seus principais sintomas estão sonolência, dificuldade para dormir, fadiga, dificuldade de memória e de concentração.

Segundo o clínico-geral e infectologista Luiz Pedro Meireles, essas manifestações são um "conjunto de fatores comuns a uma viagem desconfortável, sem dormir bem, sem se hidratar. São mais intensas quando o trajeto percorre mais de cinco fusos horários. Mas isso não é uma definição médica do jet lag".

A alteração no ritmo biológico, diz ele, é mais notada em viagens para o leste e em pessoas de idade avançada.

"O jet lag ocorre devido a um desalinhamento de uma área cerebral que secreta melatonina", diz o médico.

Meireles explica que a melatonina é o hormônio responsável por controlar o ciclo diário do organismo, e sua liberação varia de acordo com a presença de luz natural no ambiente -é a ausência de luz que permite que ela seja produzida pelo corpo.

Por isso, uma das formas de amenizar seus sintomas é se expor ao máximo de luz natural ao chegar no destino. Outras indicações incluem evitar esforço físico intenso e remédios que podem provocar sonolência.

"Algumas pessoas tomam medicamentos aos quais não estão acostumadas. Isso, às vezes somado ao consumo de bebidas alcoólicas no voo, faz com que elas se sintam confusas, fiquem sem saber onde estão", diz Meireles.

Milva de Martino, professora de enfermagem da Unicamp, não condena o uso de remédios, mas pondera: "Há medicações específicas que podem ser indicadas por um médico do sono".

A advogada Cristina Salvador, que viaja para o exterior, em média, de cinco a sete vezes por ano, tem de lidar constantemente com a mudança súbita de horário.

"Procuro não quebrar o ritmo de uma só vez, mas me adaptar aos poucos, começar a dormir no horário do destino antes da viagem", diz.

"Levo a minha própria máscara de dormir, que protege muito mais da luz, tento reservar a passagem com antecedência para pegar as fileiras mais espaçosas -que são as primeiras após a classe executiva e as das saídas de emergência- e procuro andar umas quatro vezes, em voos longos, no avião."

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