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Bar e museu da Revolução fazem as vezes de 'catedrais'

Depois de flanar pelo Paseo del Prado, viaje no acervo revolucionário e tome um daiquiri ao estilo Hemingway

Canções como 'Hasta Siempre, Comandante' e 'Guantanamera' são hits numa Havana que segue parada no tempo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CUBA

Caminhando em direção a Habana Vieja, chega-se ao centro de Havana. Guarde uma tarde para passear sem pressa pelo Paseo del Prado, bulevar cheio de árvores no qual artistas locais mostram suas obras de arte.

Bem próximo ao passeio fica o museu da Revolução -num palácio que já foi residência presidencial, palácio da Justiça e Tribunal Supremo- e que conserva buracos de tiro na parede, herança de um atentado nos anos 1950.

Dispensável dizer que o local é apropriado para entender a Revolução Cubana, que culminou com a tomada do poder, no dia 1º de janeiro de 1959, por um grupo liderado por Fidel Castro.

Deposto, o até então presidente Fulgêncio Batista, integrantes do seu governo e opositores da revolução fugiram da ilha, muitos deles rumo à Flórida, nos EUA.

Os textos, fotos, armas e uniformes dos revolucionários são expostos sem muita pompa e mostram, didaticamente, a luta para derrubar Batista e instituir, alguns anos depois, uma república socialista inicialmente alinhada com a ex-União Soviética. O ingresso dá direito a visitar o memorial Granma.

Ao lado do museu da Revolução ficam expostos os aviões, barcos e veículos que tomaram parte da empreitada militar-revolucionária de Fidel e de seus companheiros rumo ao poder em Cuba.

No fim do Paseo del Prado fica o Grande Teatro de La Habana. Se puder, passe na bilheteria e compre ingresso para algum dos espetáculos apresentados quase diariamente. O preço é alto para turistas, 25 CUCs, mas, se você der sorte, pode até ver o Ballet Nacional de Cuba.

Uma quadra adiante fica o Capitólio, que antes da revolução abrigou o Congresso e foi biblioteca. Lamentavelmente entrou num período de reformas que se estendem até hoje e está fechado.

A qualquer hora do dia, o turista pode ir atrás de outra entidade cubana, o daiquiri, drinque preferido do escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961), que foi habitué de Cuba. Ele é magistralmente preparado no El Floridita, um restaurante caro, mas com turistas entrando e saindo sem parar.

A estátua de Hemingway continua lá, no canto do balcão, embalada por hits cubanos para estrangeiro ouvir: "Hasta Siempre, Comandante" e "Guantanamera".

(GUILHERME TOSETTO)

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