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Em Orlando, a tecnologia movimenta as fantasias Eletrizante, realidade virtual dos megaparques recria situações-limite Muito além de fadas e castelos, locais têm atrações que disparam sensações de medo, como alta velocidade LAURA CAPRIGLIONEMARLENE BERGAMO ENVIADAS ESPECIAIS A ORLANDO Tem quem grite, tem quem emudeça, mas todos têm medo. Apesar das fadas, castelos e princesas dos contos, o que bomba mesmo nos megaparques temáticos da cidade norte-americana de Orlando, na Flórida, dona dos maiores complexos de diversão do mundo, é o medo. Medo de cair, medo de insetos, medo de múmia, medo do fogo e da velocidade, medo de perder o controle. Quanto mais apavorante, melhor! Quanto mais o brinquedo fizer disparar o alarme do sistema límbico, maiores são as filas e o frisson. A gente quer é sofrer. A tecnologia tornou tudo muito mais do que eletrizante -e, ainda por cima, vicia. VIRTUAL, MAS REAL Uma das atrações mais concorridas do parque Islands of Adventure, dos estúdios Universal, o Homem-Aranha, é avassaladora. A tecnologia dos simuladores de voo (usada para treinamento de pilotos na vida real) foi acoplada a uma experiência com projeções 3D em 360º, com altíssima definição -usam-se óculos especiais. O resultado é você participando ativamente de uma batalha contra os inimigos do Homem-Aranha. Monstros jogam-se em sua direção em alta velocidade. E lançam imensas bolas de fogo virtuais que chegam até perto do nariz -sente-se, de verdade, o calor delas. Mas a gritaria desesperada, mesmo, vem quando se experimenta a sensação de uma queda livre de mais de 120 metros de altura. O cenário da ação, como sabem os aficionados pelo alter ego de Peter Parker, é Nova York e seus edifícios. Tanta adrenalina é lançada no sistema circulatório para pouco mais de dois minutos de loucura. É essa a duração, como na maioria das atrações, do brinquedo propriamente dito. Dali se sai disposto a encarar mais fila e enfrentar outro tormento. MAGIA E HARRY POTTER No Islands of Adventure, a Universal levou ao estado de arte a experiência do medo. Como no Wizarding World of Harry Potter, uma cidade cenográfica em que está encravado o castelo de Hogwarts, enorme. Mas boa parte dessa impressão de tamanho é ilusão de óptica. Usaram-se pedras maiores perto do chão -elas vão ficando menores quanto mais alto estão. E o resultado é suntuoso. Mesmo quem não é profundo conhecedor da saga do bruxinho já ouviu falar da Sala dos Retratos do castelo. É onde os retratos mexem-se, falam uns com os outros (mais ou menos como nos pesadelos infantis). Pois os bruxos da contrafação operando em Orlando fizeram uma sala assim. Calafrio e maravilha, as crianças piram! Diga-se que, no caso do mundo de Harry Potter, o parque operou um milagre: transformou o suplício da fila de espera para entrar no brinquedo, ela também, em atração. É ao percorrer essa fila que se passa pela Sala dos Retratos e pelo escritório do bruxo-chefe Dumbledore. Nem se percebe a demora -quando a Folha esteve no local, início de junho, o prazo de espera era de 22 minutos. Na alta temporada, pode chegar a 40 minutos. Mas é de perder o fôlego. Montanha-russa, projeção em 360º e simulador de voo, além de jatos de ar frio, gotas de água e sensações físicas de que se atravessa uma nuvem de poeira (não é) reproduzem um sobrevoo em Hogwarts, uma batalha contra o Salgueiro Lutador, uma partida de quadribol. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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