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Na Flórida, a conquista do espaço ainda causa arrepio

Instrutivo, Centro Espacial Kennedy dista uma hora de carro de Orlando

Criado em 1967 e transformado numa atração turística, o complexo da Nasa tanto diverte como ensina

DAS ENVIADAS A ORLANDO

Quando Neil Armstrong, em 1969, logo depois de pisar no solo lunar, proferiu a frase: "Esse é um pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade", boa parte dos que assistiam à façanha da primeira alunissagem em televisores preto e branco de tubo só esperavam por uma coisa: que, do horizonte, a Terra ao fundo, repentinamente surgissem os desconhecidos habitantes do satélite.

Não surgiram, como se sabe. No Centro Espacial Kennedy (www.kennedyspacecenter.com), da Nasa, na chamada Costa Espacial da Flórida, sente-se o eco distante daquele arrepio. O passeio é imperdível nesse local que é um misto de local de lançamento de foguetes, museu e parque temático.

Localizado a nordeste de Orlando a uma hora de carro pelas rodovias SR-528 leste, SR-407 norte e SR-405, o polo turístico é vizinho de Cabo Canaveral, lugar aonde foram lançados os foguetes da Nasa e, até bem pouco tempo, os ônibus espaciais, agora aposentados.

CONQUISTA ESPACIAL

Entra-se por um circuito com projeções nas paredes de cenas dos anos 1960.

Aparecem, sem sangue ou violência, fotos da luta pelos direitos civis, Martin Luther King, John F. Kennedy, feministas, hippies.

E então, entra-se em uma reprodução da sala de controle, com equipamentos reais, usados pela Nasa, a agência espacial norte-americana, durante as missões Apollo. Achando tudo meio bobo, você é convidado a passar para a sala ao lado. E perde o ar.

Deitado, como se fosse um gigante sendo autopsiado, está um foguete Saturno 5, como os que levavam os astronautas para o espaço -totalmente restaurado. Maior do que a Estátua da Liberdade sobre seu pedestal, o Saturno está esquartejado. Veem-se os estágios em que ele era dividido na subida aos céus, até que só sobrasse o módulo de comando.

Em uma galeria dos tesouros das missões Apollo, encontra-se uma coleção de uniformes espaciais, alguns semelhantes a armaduras medievais, usados em passeios extraveiculares (quando o astronauta sai da nave).

Lá está o uniforme do comandante da Apollo 14, Alan Shepard, ainda com as botas cobertas de poeira lunar. E veem-se molde das mãos dos tripulantes da missão Apollo 11, Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins.

ALMOÇO ESPECIAL

Pagando, pode-se almoçar com um astronauta de carne e osso. E rugas. Impossível não pensar que super-homens não deviam envelhecer, nem almoçar com gente comum, ainda mais turistas.

Construído em 1967 para que astronautas e suas famílias assistissem às operações de lançamento, o complexo recebe mais de 2 milhões de visitantes anualmente.

(LAURA CAPRIGLIONE E MARLENE BERGAMO)

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