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Magic Kingdom é o parque das saudades

Faixa 'Que comecem suas lembranças' recepciona turista, que encontra Mary Poppins e personagens da Disney

Sabor de coisa antiga é exibido também na tecnologia empregada, com bonecos-robôs que imitam feições humanas

Marlene Bergamo/Folhapress
Pai carrega filho enquanto turistas se aglomeram em frente ao castelo da Cinderela, no Magic Kingdom
Pai carrega filho enquanto turistas se aglomeram em frente ao castelo da Cinderela, no Magic Kingdom

DAS ENVIADAS A ORLANDO

Dos quatro parques da Disney, o mais famoso é o Magic Kingdom, onde está o castelo da Cinderela, também conhecida como "gata borralheira", aquela princesa que usa coleirinha.

O castelo é pontudo, como o do Harry Potter, que fica no Islands of Adventure, da Universal. Mas enquanto o do bruxo, de 2010, é escuro, soturno, povoado por almas atormentadas, o da Cinderela é, desde a inauguração do parque, em 1971, luminoso e colorido. Os sonhos americanos ficaram sombrios?

No Magic Kingdom, o turista é recepcionado por uma enorme faixa com os dizeres: "Que comecem suas lembranças". Estranho, mas é isso: ali, é um parque das saudades. Um museu dos sonhos. Vamos lembrar.

Logo, uma Mary Poppins com típicos trajes vitorianos (personagem que foi da hoje septuagenária atriz inglesa Julie Andrews) vem toda animada cantando músicas que as crianças hoje não conhecem. "Supercalifragilisticexpialidocious!". Caramba, a reportagem se lembra de como era difícil ser criança.

O homem vestido com a fantasia de Pluto assa sob sol forte, termômetros marcando 33ºC. Dá autógrafos. Meninas, principalmente, colecionam assinaturas dos personagens que se materializarem em sua frente. Os registros são feitos em cadernos vendidos no próprio parque.

O calor agravado pela alta umidade do ar desta época do ano surte um efeito colateral: todo o parque é tomado por cadeiras de rodas motorizadas, usadas por uma minoria de deficientes físicos ou obesos mórbidos. A maioria que aluga os equipamentos (US$ 70 a diária, ou R$ 140) são pessoas que anteveem o suadouro pela frente.

É indeclinável o sabor de coisa antiga do Magic Kingdom. Até na tecnologia empregada. Como no Hall dos Presidentes, espécie de showroom da Casa Branca. E não é porque fale de história, mas sim por usar bonecos-robôs que tentam imitar (pfiiiii) feições e movimentos dos presidentes dos Estados Unidos.

Ou o Carrossel do Progresso, exaltação do "american way of life", que mostra cenas de uma típica família americana de classe média branca desde a chegada da energia elétrica. O estande também é animado por robôs. Foi inaugurado pelo próprio Walt Disney em 1964, em Nova York, e depois transferido para Orlando, mantendo o mesmo mecanismo cléc-cléc.

No parque dos estúdios de Hollywood, mais saudades. Logo na entrada, vê-se o estilo futurista imaginado nos anos 60. É como entrar em um desenho da família Jetson (lembra? Tinha o robô Rosie). E surgem "novíssimos" automóveis Chevrolet 1956 e Ford Mustang do mesmo período.

Dentro, uma das atrações mais importantes é a montanha-russa do Aerosmith, banda surgida no finzinho de 1969 -mas é só mais uma montanha-russa. E quem é o Aerosmith mesmo?

(LAURA CAPRIGLIONE E MARLENE BERGAMO)

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