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Isento de glamour, bairro tem museu e lojas de diamantes

Ao visitar as ruas da região, não espere se deparar com joalherias similares às do filme "Bonequinha de Luxo"

Cidade belga, que já foi responsável pela maior parte da lapidação do mundo, abriga comércio da pedra desde o séc. 16

NA ANTUÉRPIA

As moças que acreditam no mantra de que "um diamante é o melhor amigo da mulher" podem se decepcionar um pouco com a aparência do bairro da pedra, que fica ao lado da estação de trem.

Não espere se deparar com joalherias saídas do filme "Bonequinha de Luxo". As ruas do bairro dos Diamantes são cheias de pequenas lojas, butiques especializadas em vender objetos próprios para lapidação e bancos.

No meio da rua tampouco espere ver sósias de atriz belga Audrey Hepburn (1929-1993): o que se vê são judeus ortodoxos, historicamente conhecidos por dominar esse mercado, e indianos conversando no meio da rua.

Para ter uma visão mais glamorosa, visite o museu do Diamante (diamantmuseum.be), onde é possível conhecer a história da pedra, seu processamento e trocas. Desde abril a exposição foi transferida temporariamente para outro museu, o MAS, na beira do rio Schelde.

Para os que pretendem aproveitar a viagem para fazer umas "comprinhas", o Diamondland (www.diamondland.be) é um grande showroom onde é possível observar a lapidação de diamantes brutos.

A Antuérpia e os diamantes têm um longo relacionamento. Uma lenda diz que o primeiro diamante foi cortado lá em 1476. Desde o séc. 16, estabelecimentos de lapidação e comércio se instalaram no bairro dos Diamantes.

A cidade já foi responsável pela maior parte da lapidação mundial. Mesmo depois que a técnica foi dominada por indianos, as pedras maiores e mais valiosas ainda são cuidadosamente cortadas lá. Na Bélgica, o negócio de diamantes representa aproximadamente 8% do PIB.

A Antwerp High Counsel for Diamond também lutou para regras de controle para evitar a exportação dos diamantes de sangue, nome dado para as pedras encontradas na África que são vendidas para financiar guerras civis.

(MARINA GURGEL)

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