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Região já foi centro financeiro europeu e sede da Olimpíada

Antuérpia abrigou os Jogos em 1920 e, em 1531, foi o primeiro local do mundo a ter uma Bolsa de Valores

Museus locais prestam homenagens ao pintor flamengo barroco Peter Paul Rubens, que viveu (e morreu) na cidade

NA ANTUÉRPIA

A Antuérpia deve muito dos seus dias de glória ao rio Schelde e ao seu porto, que fizeram da cidade uma das mais importantes do mundo no fim do século 15.

Inaugurado em 2011, o MAS (www.mas.be) é um museu que presta homenagem à rica história da cidade com um acervo bem completo. À beira do rio, o prédio moderno é aberto e oferece uma vista de 360 graus da cidade, com destaque para o porto, até hoje grandioso.

Com o assoreamento do rio que levava a Bruges, a Antuérpia rapidamente se tornou o centro comercial da Europa ocidental, aproveitando-se do começo da era colonial. Abrigou refinarias de açúcar, que recebiam cana vinda das Antilhas, para em seguida reexportá-la.

A cidade se tornou um centro financeiro, foi a primeira do mundo a ter uma Bolsa de Valores, em 1531, e logo se converteu também em um polo cultural.

A Antuérpia sofreu um declínio com a época da Reforma religiosa e a falência de Portugal e Espanha. Sua catedral chegou a ser atacada por protestantes. Em 1585, a cidade foi ocupada por espanhóis. Em retaliação, a Holanda, que era contra o rei da Espanha, fechou o rio Schelde, fazendo com que o porto quase morresse.

No entanto, a Antuérpia continuou a ser um centro artístico. Foi nessa época que viveu por lá o pintor barroco Peter Paul Rubens, que até hoje recebe muito destaque nos museus locais. Suas obras podem ser vistas principalmente na Royal Museum of Fine Arts (www.kmska.be) e na catedral da cidade.

Com a chegada de Napoleão, o porto foi reconstruído pelos franceses e, no século 19, já era o terceiro maior do mundo (atrás apenas de Londres e Nova York).

A artes também voltaram a florescer, atraindo pintores de toda Europa, como Van Gogh. Suas gráficas industriais também ficaram famosas. O museu Plantin-Moretus (www.museumplantinmoretus.be), reconhecido pela Unesco como patrimônio da humanidade, homenageia os tipógrafos Christoffel Plantijn and Jan Moretus.

JOGOS OLÍMPICOS

Em 1920, a cidade recebeu a Olimpíada na tentativa de levantar o moral da Bélgica, que tinha sido devastada durante a Primeira Guerra Mundial. Com a cidade destruída e quebrada economicamente, o evento foi um fracasso, já que poucos podiam pagar pelos ingressos.

A economia voltou a melhorar e, em 1932, a cidade foi a primeira da Europa a ter um arranha-céu. Mas não espere muita coisa: a KBC Tower tem apenas 26 andares.

O município foi alvo fácil dos nazistas, mas seu porto não foi muito danificado e, em 1944, serviu de base para os Aliados.

A partir dos anos 1960, a cidade começou a receber muitos imigrantes, principalmente do norte da África. Apesar do lado moderno e liberal presente na Antuérpia, os imigrantes sofrem preconceito dos habitantes locais, o que gera alguns conflitos sociais.

(MARINA GURGEL)

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