Empanadas típicas e arquitetura colonial compõem a cena de Salta

Localizada na encosta de grandes montanhas verdes, aos pés dos pré-Andes, a 1.660 km de Buenos Aires, Salta é uma cidade feita para caminhadas. Com meio milhão de habitantes e salpicada de praças arborizadas, tem vida cultural intensa e grande patrimônio histórico. E, apesar de tudo, é conhecida por suas empanadas.

As empanadas "salteñas" construíram uma reputação sólida no território argentino e além. Os locais advertem para o modo correto de prepará-la: um pouco menor que a comum, sua carne não é moída, mas cortada com faca em pedaços muito pequenos (como um ragu).

O recheio leva cebola, batata e ovo cozido. Ao gosto do freguês (ou do cozinheiro), a empanada pode ser assada ou frita. É facilmente encontrada nos bares e cafés na praça 9 de Julio.

Mas Salta não oferece atrações apenas para o estômago. Sua arquitetura colonial, por exemplo, é preservada em boa parte dos edifícios.

A melhor maneira de conhecê-los é caminhando pela cidade plana, principalmente nos arredores das ruas Balcarce e Caseros e das praças General Tribunales e 9 de Julio, no trajeto entre o Cabildo, que começou a ser construído em 1780, e o convento de São Bernardo. A igreja de São Francisco de Salta é um edifício neoclássico pintado nas cores vermelha, branca e amarela, cujo campanário se destaca na silhueta da cidade.

A agenda de eventos populares da província é ampla. Em abril, aniversário da capital, músicos, artistas plásticos, artesãos e atores agitam a cidade. Em julho, ocorre o concurso das empanadas, quando centenas de cozinheiros disputam o prêmio pela melhor receita.

No início de agosto, a cidade de San Antonio de Los Cobres organiza a festa nacional de Pachamama, deusa mais importante dos índios andinos. As maiores celebrações ocorrem no primeiro domingo do mês. Em novembro, a festa da Tradição leva à cidade músicos folclóricos, desfile de gaúchos e carroças e competições a cavalo.