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Casa de Cora abriga museu com objetos da escritora

Lugar é mantido como nos tempos da poeta

EM GOIÁS

À beira do rio Vermelho, ao lado de uma ponte de madeira, uma casa em especial desperta a atenção de quem passa por lá. Um lugar onde todos os moradores parecem cultivar certa devoção.

Faz sentido.

Foi ali que nasceu e viveu Cora Coralina (1889-1985), a "voz viva" de Goiás.

A casa pertencia à família da poetisa e doceira. Hoje, abriga um museu que preserva a história dessa personagem que é um símbolo da Cidade de Goiás e da tradição da vida interiorana do Brasil.

O casarão é mantido como nos tempos em que Cora o habitava. Dentro dele, o quarto com a cama simples e os vestidos pendurados na parede. Na cozinha, ainda estão lá o fogão de lenha e o tacho de cobre usado parar preparar os doces cristalizados.

A bengala, que amparou Cora até os últimos dias, também continua ali.

Pena que nada possa ser fotografado ou filmado.

É possível ver suas fotos e cartas, assim como seus livros e a máquina de escrever. A menina, que cursou só as primeiras letras, aos 14 anos escreveu os primeiros contos e poemas sob o pseudônimo de Cora Coralina -Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas é seu nome de batismo.

DOCES E CAUSOS

A Cidade de Goiás e, consequentemente, o próprio Estado ofereciam material criativo em fartura a Cora.

Entre o passado e o presente, as festas religiosas, a comida típica da região, os moradores e seus "causos", tudo isso motivava e inspirava a escritora de Goiás.

A Casa Velha da Ponte, como é chamada, é uma referência, um ponto de encontro dos locais.

A imagem da figura mais emblemática da Cidade de Goiás, esculpida na janela lateral, voltada para o rio, acaba virando também um jeito prático de se situar e de se localizar pelo centro histórico.

Olhando por suas ruas de pedra, dá até para imaginar Cora ali, esperando por Maria Grampinho, a andarilha folclórica de Goiás.

Ninguém sabe ao certo dizer de onde Maria Grampinho veio. Sabe-se que ela perambulava pela cidade carregando uma trouxinha.

Maria Grampinho ganhou morada no porão da casa de Cora. E a poetisa ainda dedicou-lhe um poema. Coisas de Cora.

(ROBERTO DE OLIVEIRA)

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