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Diminuto e cênico, país é uma potência na educação

Com área equivalente à da ilha de Marajó (PA), o país fala quatro línguas

Constituída por 26 cantões, a Suíça legou ao mundo 21 detentores do Nobel e é pródiga em montanhas, lagos e rios

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE “TURISMO”

Na Europa Central, dona de uma geografia em que os maciços montanhosos dos Alpes e do Jura ocupam 3/5 de seu território, a Suíça tem cidades ancestrais, vales férteis, florestas, lagos e rios como o Ródano, o Reno e o Aar.

Diminuto grande país, é uma potência econômica europeia, mas mede apenas 41.285 km² -seu território é menor do que o Espírito Santo (46.077 km²); ou, noutra comparação com o Brasil, toda a Confederação Helvética tem o tamanho da ilha de Marajó (40.077 km²).

Tem 7,3 milhões de habitantes, mas legou ao mundo 21 Prêmios Nobel, incluindo aí Albert Einstein, alemão que estudou na Politécnica de Zurique. Na base dessa receita de excelência está a educação -e, ainda assim, o país discute como melhorá-la.

A crise econômica ronda o euro e a Europa e, para driblá-la, o governo da Suíça mantém, a duras penas, o câmbio de 1 franco suíço (ou CHF 1) igual a € 1,20.

A despeito das intempéries da economia mundial, o país tem um dos menores índices de desemprego (2,9%) em todo o Velho Continente.

Considerada a 23ª economia do mundo, a Suíça adota, nos diversos cantões, quatro línguas oficiais (o alemão, o francês, o italiano e o romanche), mas deve colocar o inglês no topo de todas elas.

Para o viajante brasileiro, um país tão diverso, educado e pouco populoso se revela seguro. E, seja nos preços de alimentação mais simples ou de artigos de luxo, como relógios, os valores não assustam tanto. Além disso, a Suíça é divertida: reúne destinos bem urbanos e de aventura.

Importando praticamente todas as matérias-primas, a Suíça é referência na indústria relojoeira e de precisão, na de remédios e produtos químicos, em tecidos e alimentos e, também, na hotelaria. Não produz cacau, por exemplo, mas o chocolate é mundialmente reconhecido.

QUALIDADE ANCESTRAL

A unidade remonta originalmente à Liga dos Cantões de Uri, Schwitz e Unterwald em 1291, mas a região foi castigada por guerras até que, em 1499, o tratado da Basileia reconheceu que esses cantões eram independentes.

Em 1536, Genebra foi o primeiro cantão a ter educação obrigatória. E, hoje, séculos depois, o país debate uma legislação que, apelidada de HarmoS, foi aceita por 15 dos 26 cantões que constituem a Confederação Helvética.

Quem vai à Suíça nota que, dependendo da região, as pessoas se expressam em francês, alemão, italiano ou romanche. Esse último, um idioma pitoresco que esteve perto da extinção -era falado por 0,5% das pessoas. Agora, com a vinda de novos imigrantes portugueses, o romanche, de extração latina, ressurge com força.

Com um sistema de transporte que alterna de ferrovias panorâmicas a autoestradas -e que inclui bondes urbanos-, o país é cênico, um presépio para o turismo. Nos Alpes, há ao menos 48 montes de mais de 4.000 metros de altitude.

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