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Política, Genebra está no centro do mundo

Majoritariamente francófona e calvinista, metrópole é centro diplomático e sede de organizações internacionais

Um jato d'água, o Jet d'Eau, é um dos símbolos da cidade que só em 1815 integrou a Confederação Helvética

DO EDITOR DE “TURISMO”

Genebra (www.geneva-tourism.ch), que só entrou para a Confederação Helvética em 1815, é, de certa maneira, um paraíso por onde flanam banqueiros, diplomatas e burocratas internacionais.

Segunda mais populosa cidade suíça, atrás de Zurique, tem cerca de 184 mil habitantes. E, entre outras 250 importantes organizações internacionais e ONGs, abriga o Palácio das Nações (www.unog.ch) que, edificado entre 1929 e 1936, foi sede da Liga das Nações, e, também, do Comitê Central das Cruz Vermelha (www.micr.org), cujo prédio alude à defesa dos direitos humanos.

Antiga cidade-Estado, fica na extremidade oeste do lago Genebra, o maior da Europa Central, e sua população, majoritariamente calvinista e de fala francesa, se diverte na margem sul do rio Ródano, onde fica a parte antiga com sua catedral e a Grand Rue, sua via principal.

Uma de suas marcas registradas é o Jet d'Eau, um jato d'água na margem sul do lago que alcança a altura de 140 m. Outra atração são as compras: antiguidades, joias, relógios e chocolates (para variar, prove os da A. Pougnier; www.pougnier.ch).

Joalherias como a Bucherer (www.bucherer.com), na rua do Rhône, detêm estoques de relógios de inúmeras marcas e, atualmente, têm nos compradores chineses seus principais fregueses.

Entre os hotéis elegantes, o moderno Mandarin Oriental (www.mandarinoriental.com), na Quai Turrettini, e o tradicional Beau Rivage (www.beau-rivage.ch), fundado em 1865, têm vista privilegiada, adegas e bistrôs premiados. À frente do restaurante instalado no terraço do Beau-Rivage, o chef Dominique Gauthier ganhou uma estrela no guia "Michelin".

É lá, no bistrô Le Chat Botté, que genebrinos marcam encontros especiais e pedem menus sofisticados que custam, ao menos, CHF 100 por pessoa, excluindo vinhos.

Esse hotel, onde funcionou o primeiro elevador da Suíça, também está associado a um triste episódio. Foi num de seus quartos que a imperatriz Sissi, ou Elisabeth da Baviera, rainha do Império Austro-Húngaro, perdeu a vida. Golpeada com uma lima pelo anarquista Luigi Lucheni quando saía do Beau-Rivage para pegar o vapor Genève, ela voltou e, perdendo sangue, morreu na suíte que costumava ocupar.

TÚNEL DO TEMPO

Na rua du Puits-St.Pierre, a Maison Tavel é a casa mais velha de Genebra. Reconstruída após incêndio, em 1334, abriga museu sobre a vida cotidiana do século 14 ao 19.

Já a Universidade de Genebra, aberta pelo reformista francês João Calvino, em 1559, foi pioneira no ensino de relações internacionais.

Curiosamente, entre 1556 e 1557, alguns calvinistas suíços vieram ao Rio numa expedição organizada pelos franceses Nicolas Durand de Villeganon e Gaspard de Coligny, no bojo de um plano que visava transferir milhares de refugiados huguenotes para o Brasil.

(SILVIO CIOFFI)

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