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Segóvia exibe aqueduto romano bem conservado

Trem direto faz trajeto saindo de Madri em apenas 27 minutos, a 270 km/h

'Cochinillo' vem à mesa completo, com patas (e unhas) e cabeça, bem pururuca e tão macio que não precisa de faca

DO ENVIADO A SEGÓVIA (ESPANHA)

Pequena, mas bem moderna, a estação de trem fora do centro de Segóvia recebe o viajante, que faz o trajeto a partir de Madri em uma velocidade de até 270 km/h, em somente 27 minutos.

A parada está a poucos minutos de carro do que interessa ao turista, mas parece estar localizada no meio do nada -evite os trens "pinga-pinga" que chegam à estação central, mas levam duas horas desde Madri.

Logo nos primeiros minutos no táxi, o motorista já mostra: "Aqui começa o canal do aqueduto". A engenhosa obra dos romanos foi usada para levar a água do rio à cidade até o ano de 1932 e, por isso, está ainda muitíssimo bem conservada.

A elevada estrutura do século 1º levou (somente) 50 anos para ser construída por um sistema de encaixe de pedras. Trata-se do cartão-postal local, alvo de disparo de cliques e poses de turistas que lotam as vielas, principalmente aos fins de semana.

Para fugir do furdunço, procure chegar cedo (o que não significa madrugar -antes das 10h já está valendo).

Para entender os meandros dessa cidade medieval, vale fazer uma visita guiada (consulte opções no escritório de turismo, que fica na praça principal). Segóvia já foi casa de romanos, visigodos e árabes. E já conviveu, simultaneamente, com três culturas distintas (cristãos, muçulmanos e judeus) sem problemas (até eles aparecerem).

LEITÃOZINHO

O "cochinillo" vem com tudo à mesa. E por "com tudo" entenda as patas, suas unhinhas e a cabeça com as orelhas, focinho e olhos.

Sem fricote, seu prato pode chegar com uma perninha, mas muito bem pururuca, vale ressaltar. E tão macio, que não é preciso nem faca para cortar -se estiverem no clima, os garçons encenam um corte com o prato, que é jogado para trás e estatelado no chão, como uma festa grega.

Na Mesón de Candido (mesondecandido.es), o "cochinillo" assado somente com manteiga de porco, água e sal custa € 21,60 (R$ 57) e serve seis pessoas com apetite.

Se ainda sobrar espaço, a sobremesa típica é o ponche segoviano, uma torta bem doce feita com biscoito embebido em xarope, recheado com creme de baunilha e coberto por uma fina camada de marzipã e açúcar.

(RAFAEL MOSNA)

O jornalista RAFAEL MOSNA viajou a convite da Rail Europe

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