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Número de brasileiros no México deve ser até 35% maior em 2012

Em dezembro, total deve chegar a 162 mil; ao todo, 20 milhões de turistas/ano visitam o país

Com aumento de frequências, agora são 68 os voos mensais de SP à Cidade do México, pródiga em arqueologia

JOÃO BATISTA NATALI
ENVIADO ESPECIAL AO MÉXICO
Ronaldo Schemidt - 2.nov.11/France Press
País que celebra a morte com manifestações populares e flores, o México comemora o dia dos finados comfestas entre 1º e 2 de novembro. Lá, o "Dia de los Muertos" é mistura sincrética do catolicismo das massas com rituais que remetem às ancestrais culturas pré-colombianas.
País que celebra a morte com manifestações populares e flores, o México comemora o dia dos finados comfestas entre 1º e 2 de novembro. Lá, o "Dia de los Muertos" é mistura sincrética do catolicismo das massas com rituais que remetem às ancestrais culturas pré-colombianas.

Para cada quatro brasileiros que visitam o México (visitmexico.com), três procuram praia e sol, sobretudo no balneário de Cancún, no Caribe mexicano. É tradicional naquele país desde os anos 1950, quando Acapulco, na costa do Pacífico, passou a receber norte-americanos que tiravam proveito do calor e da popularização dos voos.
Acapulco permanece ativo e frequentado pelo turismo interno; já Cancún virou destino de praia internacional.
Quanto aos brasileiros, 117 mil estiveram no México em 2010. Até setembro, já eram 129 mil e poderão chegar a 162 mil até dezembro, diz Eligio Serna Najera, diretor do Conselho de Promoção Turística.
Esse mercado tende a crescer em um terço em 2012. Mas é pequeno, se comparado aos mais de 20 milhões de estrangeiros que desembarcam anualmente em aeroportos mexicanos ou aportam em cruzeiros. Eles fazem do turismo 9% do PIB e a terceira fonte de divisas externas, depois do petróleo e das remessas de emigrantes nos EUA.
Há hoje 68 voos mensais entre o Brasil e a Cidade do México. A última empresa a entrar na rota, com voos diários a partir de São Paulo, foi a TAM, em 30 de outubro.
A vantagem em desembarcar na capital mexicana está na possibilidade de ter contato com a história. O país tem 40 sítios arqueológicos, o maior deles em Teotihuacán, a quase uma hora da capital.
Há também vestígios de episódios da mais movimentada das histórias nacionais da América Latina.
Foram guerras com os EUA, que custaram 40% do território mexicano original (Texas, Califórnia) e de resistência aos franceses, quando Napoleão se apoderou da Espanha ou quando a França instituiu um regime monárquico chefiado por Maximiliano de Habsburgo. Foi ainda a Revolução Mexicana de 1910 que democratizou a propriedade rural e pôs fim ao caudilhismo de Porfirio Díaz.
Mas a relação entre o México e a história é mais antiga. A Espanha se assenhorou do território ao derrotar os astecas no século 16 e os últimos maias no século seguinte. Foram 63 vice-reis espanhóis. Eles construíram palácios e igrejas em quantidade bem maior às deixadas pelos portugueses no Brasil.
Por fim, o México é um país em que se come bem. Há pratos bem ou sutilmente apimentados. O milho entra no ingrediente das massas de panquecas e pastéis. Há até o aproveitamento da polpa de cactos. Quanto às bebidas, há a tequila -feita a partir da fermentação do agave- e hoje uma produção aprimorada de vinhos brancos e tintos.

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