|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MINICHINA
Sucursal poderá reunir arte de toda a Ásia
Instituição prevê abertura de outro prédio em 2010; apesar do acervo imenso, incentivam-se doações
DO ENVIADO ESPECIAL A TAIWAN
Em 1965, o governo de Taiwan inaugurou em Taipé o
complexo de prédios do Museu Nacional Palácio, chamando novamente a atenção para a
querela -hoje relativamente
pacífica- sobre a propriedade
do seu imenso acervo.
"Cerca de 1.500 obras são
mostradas de cada vez", diz a
museóloga Ema Chen. Ela deixa escapar que, no futuro, a falta de espaço para exposição de
peças deve forçar a inauguração, até 2010, de uma sucursal,
com arte de toda a Ásia. O prédio deve ser projetado por um
arquiteto canadense, cujo nome é mantido em sigilo.
Sobre o valor de cada objeto,
Chen explica que só se sabe estimar preços quando uma peça
semelhante é vendida fora do
país. "Um vaso de porcelana
azul da dinastia Sung, do século 12, um pouco maior que uma
xícara, foi recentemente arrematado num leilão de Hong
Kong por US$ 4 milhões", diz.
Mas, a julgar pelas filas, a
"monalisa" do museu é a escultura de jade em forma de acelga, encimada por um gafanhoto, da dinastia Ching.
As miniaturas também estão
presentes em objetos de madeira e marfim, em miniesculturas que recriam insetos, nas
caixinhas que guardam joguinhos e garrafinhas de rapé.
Aquisições e evasão
Em Taiwan, o governo restringe a saída de objetos de real
valor histórico e, ainda que o
Museu Nacional Palácio tenha
um acervo incomensurável, há
uma política para incentivar
doações particulares. Com ela,
documentos são incorporados
ao patrimônio.
Em 1994, doze sinos cerimoniais usados na festa do chá no
norte da China foram comprados pelo museu em Hong Kong
por US$ 1 milhão. Eles contêm
inscrições que remontam ao
período compreendido entre
os séculos 8 e 5 a.C.
(SILVIO CIOFFI)
Texto Anterior: Palácio guarda a maior coleção de arte e de história chinesas do mundo Próximo Texto: MiniChina: Culinária da ilha é caldeirão de iguarias locais e de fora Índice
|