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NACIONAL E POPULAR
Arte e jardins conduzem a Brumadinho
A 60 km da capital mineira, o museu Inhotim expõe coleção de peças contemporâneas em sete galerias
DO ENVIADO ESPECIAL A BELO
HORIZONTE
Visitar o centro de arte contemporânea Inhotim, em Brumadinho, é programa para um
dia ou uma tarde inteiros. Fica
a 60 km de Belo Horizonte, mas
o caminho toma pouco mais de
uma hora, de carro, porque há
um trecho de paralelepípedo e
outro, este muito breve, de terra (veja como chegar em
www.inhotim.org.br).
As compensações da viagem
são muitas. Deitar em uma das
nove redes da obra de Hélio Oiticica e Neville D'Almeida para
escutar Jimi Hendrix é uma delas. Outra é almoçar no local,
uma fazenda com 350 mil m2
com mais de 1.500 espécies de
plantas e até mesmo um pavão
passeando por ali.
A parte ambiental do museu
é uma atração paralela às sete
galerias de arte. A ponto de haver visitas guiadas apenas para
que alunos a conheçam. Há jardins do paisagista brasileiro
Burle Marx (1909-1994). São
35 hectares de jardim, que se
tornarão 40 em breve.
Contrastante com o sossego
são as fotos perturbadoras de
Larry Clark. O espaço é proibido para menores de 18 anos. As
fotos, preto e brancas, mostram sexo oral, grupal e afins ao
melhor estilo "Kids" (1995) e
"Ken Park" (2002), filmes que
o artista dirigiu.
Bem mais leve é a obra de Janet Cardi, 40 caixas de som em
suportes, dispostas como um
coro de vozes que cantou nos
40 anos da rainha Elizabeth I
(1533-1603). Cada caixa reproduz uma das 40 vozes.
Pela distância que fica da capital mineira, o centro tem público significativo. No último
domingo, quando a Folha esteve lá, cerca de 600 visitantes
passaram pelo local. No Carnaval, chegou-se até a 900 pessoas em um dia.
(THIAGO MOMM)
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