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OUTRO LADO
Para Global Blue, "não há problema com pagamentos"
DE SÃO PAULO
Consultada por e-mail pela reportagem da Folha, a
empresa Global Blue (ex-Global Refund), deu declarações
contemporizadoras.
Sobre um documento de
crédito/ cheque enviado a
consumidor no Brasil, postado em 14 de janeiro -e relativo a ressarcimento de imposto relativo a compra realizada em Londres, em setembro
de 2009-, a Global Blue, responsável, na Europa pelo
ressarcimento do imposto
"tax free", afirmou que "não
há qualquer problema com o
pagamento do estorno; o interessado deve falar com a
central de atendimento, via
site (www.global-blue.com), ou pelo telefone
(00421-232111111) e tentar resolver a questão.
"Temos serviço de atendimento em várias línguas dedicado a resolver qualquer
problema de nossos clientes", afirmou Jorge Casal, vice-presidente da área de "tax
free" da Global Blue.
Só não explicou por que
uma compra de setembro de
2009 virou um cheque emitido pela Global Refund em
meados de janeiro de 2010
-documento esse difícil de
sacar, pois não pode ser depositado em banco comercial brasileiro.
Sobre o ágio cobrado
quando o turista opta por receber o valor em dinheiro no
aeroporto em que deixa a Europa rumo ao Brasil, Casal
diz: "A comissão é aplicada
em poucos países no mundo
e está relacionada ao fato de
que em alguns aeroportos o
valor para operar é alto".
Embora tenha sido informado do caso de estorno que
apresentou problemas, ele
diz que "não há burocracia, é
um sistema bom. Cerca de 16
milhões de viajantes recebem o valor de volta por
ano", diz, em nome da Global Blue/Global Refund.
Esse número, no entanto,
precisa ser avaliado à luz de
potenciais interessados no
ressarcimento do "tax free":
a França recebe cerca de 70
milhões de turistas estrangeiros/ano; a Espanha recebe outros 60 milhões de visitantes anualmente e é seguida pela Itália, visitada por 50
milhões de viajantes não europeus a cada temporada.
Casal parece desconhecer
a morosidade da rotina de
um turista empenhado em
receber ou encaminhar o seu
"tax free" no aeroporto.
Seja para receber o imposto pré-pago no cartão de crédito ou mesmo num cheque
-difícil de descontar no Brasil- há grande burocracia
aeroportuária.
Diz ele: "O processo para
obter o estorno é muito simples. São três passos: comprar, validar e obter o estorno". Além disso, ele afirma
que a empresa está sempre
buscando melhorias.
"Nós estamos permanentemente tentando simplificar
o processo, mas há certas
etapas que não podem ser
modificadas porque são importantes para garantir a segurança e garantir que os
bens do viajante estão sendo
levados para fora do país.
São requerimentos legais."
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