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Convivência atávica com
peregrinos moldou caráter
acolhedor da população
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DA GALÍCIA
Mesmo dentro da Espanha,
conhecida pela boa acolhida
aos turistas, o povo galego se
destaca. Convivendo com peregrinos desde o século 9º, os
galegos são verdadeiros mestres na arte de receber -e auxiliar- viajantes.
Os pedidos de informação
são recebidos com um sorriso
até pelos mais apressados, e
os que não têm pressa não hesitam em puxar conversa e
até acompanhar o turista perdido. A proximidade do galego com o português facilita
ainda mais a comunicação para os brasileiros.
A simpatia do galego gera
situações quase folclóricas,
como um episódio acompanhado pela reportagem. Um
grupo de visitantes se aproxima da porta da basílica de
Santa Maria, em Pontevedra,
à noite, durante uma celebração. Na porta, eles são avisados por um encarregado da
organização local de que não
poderiam entrar no interior
da igreja naquela noite, pois
haveria outra celebração em
seguida.
Ele sugere outras oportunidades para uma visita. Ao final da primeira cerimônia, o
grupo, acompanhado de uma
guia turística, decide entrar
durante o intervalo até a próxima missa. Ao ver os turistas
tirando fotos, o encarregado
da organização, visivelmente
contrariado, volta a pedir que
eles saiam da igreja, e é atendido sob protestos.
Na noite seguinte, ele encontra por acaso, na rua, o
mesmo grupo de turistas que
havia ignorado suas ordens. E
não tem dúvidas: abre um largo sorriso e pergunta a todos
como estão passando, se estão gostando da viagem, e volta a sugerir datas para uma visita à basílica, antes de descer
a rua acenando.
(MDV)
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