São Paulo, quinta-feira, 01 de novembro de 2007

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Convivência atávica com peregrinos moldou caráter acolhedor da população

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DA GALÍCIA

Mesmo dentro da Espanha, conhecida pela boa acolhida aos turistas, o povo galego se destaca. Convivendo com peregrinos desde o século 9º, os galegos são verdadeiros mestres na arte de receber -e auxiliar- viajantes.
Os pedidos de informação são recebidos com um sorriso até pelos mais apressados, e os que não têm pressa não hesitam em puxar conversa e até acompanhar o turista perdido. A proximidade do galego com o português facilita ainda mais a comunicação para os brasileiros.
A simpatia do galego gera situações quase folclóricas, como um episódio acompanhado pela reportagem. Um grupo de visitantes se aproxima da porta da basílica de Santa Maria, em Pontevedra, à noite, durante uma celebração. Na porta, eles são avisados por um encarregado da organização local de que não poderiam entrar no interior da igreja naquela noite, pois haveria outra celebração em seguida.
Ele sugere outras oportunidades para uma visita. Ao final da primeira cerimônia, o grupo, acompanhado de uma guia turística, decide entrar durante o intervalo até a próxima missa. Ao ver os turistas tirando fotos, o encarregado da organização, visivelmente contrariado, volta a pedir que eles saiam da igreja, e é atendido sob protestos.
Na noite seguinte, ele encontra por acaso, na rua, o mesmo grupo de turistas que havia ignorado suas ordens. E não tem dúvidas: abre um largo sorriso e pergunta a todos como estão passando, se estão gostando da viagem, e volta a sugerir datas para uma visita à basílica, antes de descer a rua acenando. (MDV)


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