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Turista encontra na capital japonesa imensos prédios inteligentes e o maior mercado de peixes do mundo
Devore Tóquio caminhando ou de metrô
DO ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO E LA
Para visitar Tóquio virtualmente, o site oficial www.jnto.go.jp
lista os pontos turísticos. Mas
quem tiver a sorte de fazer isso in
loco pode empreender uma caminhada -ou jogging, de 15 minutos- percorrendo o bairro de
Ginza, bastante conhecido pelo
hotel ocidentalizado Seiyo Ginza
(www.seiyo-ginza.com), por
suas mais de 5.000 lojas, galerias
de arte e pelos grandes magazines, e indo até o Palácio Imperial.
A estação central de trem também não fica longe do Palácio Imperial, em cujos lagos se vê refletida a torre de Tóquio, outro marco
da megalópole japonesa.
Convém planejar o passeio ao
Palácio Imperial, pois, como o
imperador Akihito e sua família
vivem lá, só em datas especiais,
como Réveillon e no dia de seu
aniversário, o palácio é aberto à
visitação. Mas é possível visitar a
ponte Nijubashi, de 1888, e o portão Otemon, além de passear pelos jardins em alguns dias da semana (terças, quintas, sábados e
domingos), das 9h às 16h.
O castelo encerra grande interesse histórico e tomou as formas
atuais quando Tóquio se tornou
capital do Japão, na era Edo, em
1868, embora já existisse em 1590.
Além de Ginza, alguns dos bairros mais badalados de Tóquio são
Roppongi, Akasaka, Shinjuku,
Shibuya, Harajuku, Asakusa e
Akihabara, este último famoso
pelas pechinchas.
Há na capital tantos prédios
imensos e inteligentes (que usam
alta tecnologia e se adaptam às
condições climáticas) que é até difícil traduzir o espanto que se tem
ao entrar neles.
O filme "Encontros e Desencontros", em que a diretora Sofia
Coppola explora um pouco a dificuldade de se decifrar a cidade
pós-moderna e algo hermética,
foi rodado no hotel Park Hyatt
Tokyo (www.tokyo.park.hyatt.com), no bairro de Shinjuku.
Perto da estação de trem Shinagawa, que seria fora de mão se não
pudesse ser alcançada de metrô,
entre o 26º e o 32º andares, há um
novíssimo hotel chamado The
Strings (www.stringshotel.com),
com um átrio central onde vale
tomar um drinque ou jantar. A
vista da baía também é excepcional quando anoitece.
O The Strings foi inaugurado
em maio último e integra o grupo
ANA (www.anahotels.com), que
possui outros hotéis "high-tech"
em Tóquio e é controlado pela
companhia aérea japonesa All Nipon Airways.
"Sushi or not sushi?"
Há tantos restaurantes em Tóquio que chega a ser ocioso recomendar algum.
Come-se bem até de pé, em
qualquer portinha, se a escolha
for o tradicional. Comprar comida pronta no subsolo das lojas de
departamento de Ginza também é divertido,
mas não dá para comer no local.
Se a escolha for sair do tradicional (e gastar pelo menos US$ 100
por pessoa), uma alternativa é o
hotel Seiyo Ginza, com seu premiado chef Syoji Hirota fazendo
comida francesa com métodos de
cocção japoneses no restaurante
Répertoire, onde há entre os pratos o macio ohmi bife, proveniente de bois que recebem massagem
e tomam cerveja.
Ainda em Ginza, a novidade é o
Daidaiya (www.chanto.com, na
2F GinzaNine, 1), onde a "nouvelle cuisine japonaise", que pode
incluir sushi de foie gras e manga,
é servida em ambiente que parece
um filme de George Lucas, algo
tribal, ao som de música brasileira
em tempo integral (gastos em torno de US$ 70 por pessoa).
Mas o passeio gastronômico
onde Tóquio revela suas entranhas não é chique, muito menos
"high-tech" -e precisa ser feito
às cinco da manhã, com acesso
pela estação Tsukiji de metrô.
Trata-se do Tsukiji Market, o
maior mercado de peixe do mundo em área (21 hectares) e em
quantidade de pescado vendido,
que, a essa hora da madrugada,
realiza o leilão de atum.
Imensos peixes, alguns com
cem quilos, são arrematados congelados. Se você tiver a sorte de
não ser atropelado pelos carrinhos, que disputam espaço com
as inúmeras peixarias, vai ver
uma variedade de animais marinhos inimaginável.
Depois, se tiver disposição, o
ideal é escolher um dos restaurantes dentro do mercado e comer
sushi ao amanhecer.
(SILVIO CIOFFI)
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