São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para Burke, metrópoles vivem trocas culturais

DO ENVIADO ESPECIAL

O historiador da cultura Peter Burke, que escreve mensalmente na seção "Autores" do caderno Mais! da Folha, vislumbrou o tema da interação de culturas quando serviu o Exército britânico em Cingapura, país que se tornou uma cidade-Estado independente da Malásia -e ligada à Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth)- em 1965.
É autor do já clássico "Uma História Social do Conhecimento" (ed. Jorge Zahar) e do recém-lançado no Brasil "Hibridismo Cultural" (ed. Unisinos, 116 págs., R$14)
Para Burke, 66, professor da Universidade de Cambridge (Reino Unido), as grandes metrópoles são, por excelência, locais de trocas culturais. Segundo ele, a história social passa naturalmente por períodos de inovação e de resistência à inovação.

Outras palavras
Outro fenômeno freqüentemente analisado por Burke em textos e em entrevistas é o da mistura de idiomas à luz da globalização. Hoje, quem vai ao Japão nota que as observações de Peter Burke, mais do que visíveis, são audíveis: a influência do idioma inglês depois da ocupação norte-americana que se seguiu à Segunda Guerra Mundial (1939-45) foi tão evidente que o termo para designar cartão de telefone soa como "terefon cardo"; calendário é algo como "carendar"; pare é "stop" e os porta-malas dos carros são "trunks". Mesmo a palavra tradicional para arroz, "gohan" no idioma japonês tradicional, é muitas vezes substituída por um termo que soa como "ráice", do inglês "rice". (SC)


Texto Anterior: Museu leva visitante à Tóquio de antes de 1868
Próximo Texto: Set de filmagem: Hotel-cenário cria pacote com nome do filme
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.