São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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BALANÇA, MAS NÃO CAI

Turista perde noção do tempo nos 15 andares do Liberty

Rotina de cruzeiro é descrita a partir de três viagens em realizadas em três transatlânticos diferentes

JANAINA FIDALGO
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI

O mar está ali o tempo todo, soberano (e nos faz lembrar disso quando balança), o que torna ainda mais paradoxal a idéia de que ele seja coadjuvante, e o navio, protagonista. Mas quando se está a bordo do Liberty of the Seas, o maior navio do mundo, a lógica é essa.
Não são só suas 160 mil toneladas, seus 72 metros de altura e seus 339 metros de comprimento que chamam a atenção. O navio da Royal Caribbean é uma espécie de parque de diversões ambulante de 15 andares onde o turista pode continuar fazendo em alto-mar tudo o que faz em terra firme.
Quer malhar? Fitness Center no deque 11. Deu vontade de comer um hambúrguer? Johnny Rockets um andar acima. Está com sorte hoje? Casino Royale no deque 4. Uma cerveja? Há vários bares espalhados pelo navio. Quer fazer compras? Vá direto para a Royal Promenade, a "avenida" central em que as lojas dividem espaço com pizzaria, sorveteria, barbearia, pub e champanheria. E à noite? Espetáculo de patinação no gelo ou show de música? Há ainda duas boates sui generis: The Sphinx e The Catacombs.
Com tal oferta, é fácil perder a noção de tempo. Mas uma placa trocada diariamente no chão dos 14 elevadores informa ao turista o dia da semana.
Uma das mais divertidas é o FlowRider, um simulador de surfe que atrai de crianças a senhores. Trata-se de uma rampa inclinada em que fortes jatos d'água -131 litros por minuto- são lançados da parte mais baixa para a mais alta. O desafio é se equilibrar sobre pranchas de surfe ou bodyboard. Apesar de haver dois instrutores ajudando os praticantes a manter o equilíbrio, as quedas são inevitáveis. Os que não se encorajam ficam em uma arquibancada se divertindo com o tombo alheio.
Para quem gosta de água, mas não de aventura, o Liberty tem piscinas de água calma e aquecida (ou não) e quatro jacuzzis projetadas para fora do navio, com uma bela vista para o mar. É possível também pegar emprestado um dos volumes disponíveis na biblioteca e ficar lendo à beira da piscina.
Os mais radicais podem recorrer ao muro de escalada, às quadras poliesportivas e até a um ringue de boxe. Há ainda uma pista de corrida que circunda o deque superior, de onde é possível mirar o oceano, e uma pista de patinação no gelo.
E quem pensa que o exercício acabou, há outro ainda maior no final do dia: encontrar a sua cabine em meio às 1.817 existentes -1.084 têm vista para o mar e 733 são internas, algumas delas com janelas que dão para a Royal Promenade.
O Liberty faz cruzeiros regulares de sete noites para duas rotas do Caribe -uma com paradas em Montego Bay (Jamaica), Georgetown (Gran Cayman) e Cozumel (México), e outra, em San Juan (Porto Rico) e Philipsburg (St. Maarten).


Janaina Fidalgo viajou a convite da operadora Sun&Sea e da Royal Caribbean


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