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Quartos top buscam o OVER
Diárias de luxo incluem mordomo, chef de cozinha e pianistas privativos; para ter acesso a essas e outras regalias, paga-se até R$ 114 mil a noite
Eleonora Rosset, Marina de Sabrit e Raquel Silveira decretam o limite entre o brega e o chique
RAFAEL MOSNA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quanto custa passar uma
noite em um hotel de luxo à
beira do Mediterrâneo? Se a
acomodação tiver 1.000 m2,
quatro suítes, duas saunas,
duas salas de jantar, duas jacuzzis no terraço e vista para
mar, o valor pode chegar a
36 mil (cerca de R$ 80 mil)
"O Martinez (www.hotel-martinez.com) tem uma
das maiores suítes de Cannes", assegura Carlos Henrique Abatayguara, representante de vendas do grupo
Concorde Hotéis. Quase 34
vezes menor (30 m2), o quarto mais econômico do hotel
sai por 590 (R$ 1.313).
Em Genebra, uma noite no
President Wilson (www.hotelpwilson.com), com mordomo, chef de cozinha e pianista particulares pode custar US$ 65 mil (R$ 114 mil). "A
suíte ocupa todo o último andar, tem quatro quartos e seis
banheiros", diz Tereza Ferrari, dona da agência de turismo de mesmo nome.
Não é preciso ir longe para
dormir em meio ao luxo. Na
capital paulista, a acomodação presidencial do Tivoli
Mofarrej, com 750 m2, sai por
R$ 22 mil. São três suítes, living, sala de jantar e cozinha.
Uma noite em Milão, na
Galleria Vittorio Emanuele
2º, custa 6.500 (R$ 14.468)
se a sua opção for o quarto de
160 m2 do hotel Seven Stars
Galleria (www.townhousegalleria.it). Detalhe: você terá direito a um mordomo.
Pela Tereza Ferrari, passar
a noite na "Palace Suite", no
Emirates Palace Abu Dhabi
(www.emiratespalace.com), com 680 m2, custa
US$ 10.500 (R$ 18.427).
Na Selections, a dica é o
North Island Resort
(www.north-island.com),
nas Seychelles. "Só chega-se
de helicóptero. Mordomos e
minijipes ficam à disposição
24 horas", diz Eduardo Gaz,
dono da operadora. As diárias custam entre 2.115 (R$
4.708) e 3.340 (R$ 7.435)
BREGA OU CHIQUE?
A reportagem falou com as
arquitetas Raquel Silveira,
47, e Marina de Sabrit, 56, e
com a psicanalista Eleonora
Rosset, 64, e perguntou: "Em
quartos luxuosos, o que é
brega? E chique?".
Para Raquel, cópias de
pinturas famosas são o que
há de mais brega.
Marina de Sabrit concorda: "Não existe algo que me
incomode mais do que quadros com pretensas obras de
arte". Quanto ao que é chique, ela acha que quando
mais "clean", melhor. "Edredom e travesseios de pluma
de ganso são obrigatórios."
Para Eleonora Rosset, chique e brega são conceitos
subjetivos. "O que é chique
para um pode ser brega para
outro. Para mim, chique é silêncio, decoração confortável e um serviço eficiente e
discreto. Um vaso com flores
sempre frescas é um luxo."
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