São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bolívia recupera pinturas centenárias

Restauração das imagens no santuário de San José de Chiquitos levou mais de 30 anos e custou US$ 600 mil

Obras fazem parte de estratégia para relançar a região como destino turístico ecológico, religioso e cultural


DA EFE

Foram recuperados mais de 1.700 m2 de pinturas no santuário jesuíta de San José de Chiquitos, Departamento de Santa Cruz, na Bolívia.
O trabalho, que levou mais de 30 anos para ser concluído, foi feito com a cooperação da Espanha.
A restauração passou por diferentes etapas, em um projeto que teve orçamento de mais de US$ 600 mil, procedentes da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, a igreja boliviana e o município.
"Foi uma obra de recuperação muito trabalhosa", disse o arquiteto encarregado do projeto, José Fernández.
O templo, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco em 1990, foi terminado em 1748, na época em que os jesuítas chegaram à Bolívia em suas missões evangelizadoras, antes de serem expulsos, em 1767.
O santuário não serviu só como lugar de culto: sua estrutura, considerada uma das mais belas entre as construções da época das missões da região, cativou também governadores espanhóis na Terra Nova, que a transformaram em residência.
Por conta disso, no trabalho de restauração foram encontradas até nove camadas de pintura, cada uma com sua função específica.
Foram recuperadas figuras geométricas com função residencial, imagens de fauna e flora para evitar o medo dos indígenas de entrar em um ambiente diferente do seu, passagens religiosas com objetivo educativo e momentos militares, como documento histórico.
"Tudo começou em 1972, quando o jesuíta suíço Hans Roth chegou às missões de San José de Chiquitos. Ele começou a recuperação de nosso rico patrimônio", disse Fernández.
Roth foi o grande artífice da recuperação do patrimônio, que, além das pinturas, inclui a estrutura dos templos, em um trabalho que deve servir para relançar a região como destino turístico. O trabalho é gerenciado pelo Projeto Missões, que pretende transformar a área em uma opção de turismo cultural, religioso e ecológico em um espaço curto de tempo.


Texto Anterior: Quartos top buscam o OVER
Próximo Texto: Nova York: Empire State ganhará vizinho indesejado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.