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Bolívia recupera pinturas centenárias
Restauração das imagens no santuário de San José de Chiquitos levou mais de 30 anos e custou US$ 600 mil
Obras fazem parte de estratégia para relançar a região como destino turístico ecológico, religioso e cultural
DA EFE
Foram recuperados mais
de 1.700 m2 de pinturas no
santuário jesuíta de San José
de Chiquitos, Departamento
de Santa Cruz, na Bolívia.
O trabalho, que levou mais
de 30 anos para ser concluído, foi feito com a cooperação da Espanha.
A restauração passou por
diferentes etapas, em um
projeto que teve orçamento
de mais de US$ 600 mil, procedentes da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, a igreja boliviana e o
município.
"Foi uma obra de recuperação muito trabalhosa", disse o arquiteto encarregado
do projeto, José Fernández.
O templo, declarado patrimônio da humanidade pela
Unesco em 1990, foi terminado em 1748, na época em que
os jesuítas chegaram à Bolívia em suas missões evangelizadoras, antes de serem expulsos, em 1767.
O santuário não serviu só
como lugar de culto: sua estrutura, considerada uma
das mais belas entre as construções da época das missões
da região, cativou também
governadores espanhóis na
Terra Nova, que a transformaram em residência.
Por conta disso, no trabalho de restauração foram encontradas até nove camadas
de pintura, cada uma com
sua função específica.
Foram recuperadas figuras geométricas com função
residencial, imagens de fauna e flora para evitar o medo
dos indígenas de entrar em
um ambiente diferente do
seu, passagens religiosas
com objetivo educativo e momentos militares, como documento histórico.
"Tudo começou em 1972,
quando o jesuíta suíço Hans
Roth chegou às missões de
San José de Chiquitos. Ele começou a recuperação de nosso rico patrimônio", disse
Fernández.
Roth foi o grande artífice
da recuperação do patrimônio, que, além das pinturas,
inclui a estrutura dos templos, em um trabalho que deve servir para relançar a região como destino turístico.
O trabalho é gerenciado pelo
Projeto Missões, que pretende transformar a área em
uma opção de turismo cultural, religioso e ecológico em
um espaço curto de tempo.
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