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cachalotes literários
Com os olhos, vá à caça de baleias reais e imaginárias
VERSÃO CHILENA - Pesquisador encontrou história anterior a "Moby Dick" que fala de um mamífero marinho branco que vivia nos arredores da ilha de Mocha
PRISCILA PASTRE-ROSSI
DA REPORTAGEM LOCAL
Há 15 anos Rosalina vem ao
Brasil. Ela chega a passar temporadas de até quatro meses no
litoral da Bahia antes de voltar
para casa, na Antártida. Rosalina é uma das 2.100 jubartes catalogadas pelos pesquisadores
do Instituto Baleia Jubarte
(www.baleiajubarte.org.br).
"Gostamos de dar nomes às
baleias que encontramos todos
os anos na nossa costa. Foi o
caso de Rosalina. No final, descobrimos que ela era um macho, mas aí ela já tinha sido batizada [risos]", conta Leonardo
Wedekin, biólogo e pesquisador da entidade.
Em plena temporada de observação desses cetáceos, o
Turismo traz baleias de verdade e baleias literárias. Para viajar em busca das reais, a dica é
escolher um dos pacotes de observação de baleias e saber onde elas podem ser vistas.
Para viajar em busca das literárias, a melhor forma é ler livros que a trazem como protagonista, como "Moby Dick" e
"No Coração do Mar", e a entrevista ao lado,
com Armando Cartes Montory.
O pesquisador chileno encontrou um romance anterior
a "Moby Dick" que também
conta a história de uma misteriosa cachalote branca. Esta,
chamada de Mocha, por viver
perto da ilha de Mocha.
Negócio de baleia
Os primeiros registros de caça à baleia são anteriores ao ano
1000. O auge foi nos séculos 18
e 19, quando a comercialização
do seu óleo estava na base do
desenvolvimento socioeconômico de cidades como Nantucket, nos EUA, famosa até hoje
por ter sido o ponto de partida
do navio Essex, como narra
"Moby Dick". Com as casas restauradas, um museu voltado à
história da baleia (www.nha.org/sites/index.html), lojas
temáticas e a antiga vila ainda
abrigando famílias de pescadores, a ilha se firma cada vez
mais como destino turístico.
Quem gosta de ver as baleias
de perto movimenta US$ 1,25
bilhão por ano em todo o mundo, segundo a organização não-governamental Whale Watch
(www.whalewatch.org). Cerca de 10 milhões de pessoas,
também por ano, praticam o
turismo de observação.
"É preciso mostrar a países
como o Japão e a Islândia, que
ainda caçam baleias aproveitando a brecha de permissão da
caça para fins científicos, que
não é preciso matá-las para ganhar dinheiro. O turismo de
observação dá dinheiro, educa
e as protege", diz Wedekin.
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