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Jubartes e francas vêm até o Brasil para dar à luz
ÁGUAS CALIENTES - Temperatura do mar protege os filhotes no nascimento
DA REDAÇÃO
Águas na temperatura ideal,
por volta de 24C, para que o
bebê-baleia não sofra com a alteração drástica de temperatura ao sair do corpo da mãe, que
costuma ficar perto de 37º C.
"As baleias franca e jubarte
vêm para a costa brasileira para
copular e dar à luz. A temperatura agradável da água causa
um estresse menor no filhote,
diminuindo os riscos de mortalidade", explica Eduardo Secchi, pesquisador e responsável
pelo laboratório de tartarugas e
mamíferos marinhos do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (www.furg.br).
Até novembro dá tempo de
avistá-las no litoral do Espírito
Santo e da Bahia -no caso da
jubarte- e em Santa Catarina
-no caso da franca.
A minke também costuma
dar o ar da graça por aqui, geralmente no Nordeste do país.
"Ela não tem grupos de pesquisa trabalhando sistematicamente como as outras. Por isso,
não há áreas muito previsíveis
da sua ocorrência", diz Secchi.
Segundo Sergio Cipolotti,
biólogo e um dos coordenadores do Instituto Baleia Jubarte
(www.baleiajubarte.org.br),
o turismo de observação de baleias no Brasil caminha bem.
"Aqui na praia do Forte recebemos por volta de 4.000 turistas
nessa época do ano. A maior
parte deles, perto de 70%, são
visitantes estrangeiros", diz.
O número de baleias que
vêm à nossa costa é mais difícil
de precisar. Dados de 2005, da
mesma entidade, mostram que
mais de 6.000 jubartes passeiam por aqui nessa época.
Elas podem ser contabilizadas de duas formas, como explica Leonardo Wedekin, pesquisador do instituto: "A primeira é pegando um barco e indo ao encontro delas, para fotografar a cauda". É que a parte
central da cauda das baleias
tem pigmentações diferentes e
funcionam como uma digital.
"Outra maneira é sobrevoarmos a costa, contando os animais." Wedekin diz que a população de jubartes vem crescendo, em média, 7% ao ano, graças à proibição da caça estabelecida em 1966 pela Comissão Internacional Baleeira
(www.iwcoffice.org).
(PPR)
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