São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2006

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internacional

Arábia Saudita busca atrair turista rico não-muçulmano

Berço do Islã, reino agora investe em infra-estrutura e permite a fotografia

REUTERS

A Arábia Saudita, berço do Islã e lar de santuários importantes para a religião, espera usar seu patrimônio religioso para atrair não só peregrinos mas também turistas -os ricos, não o turismo de massa.
"Estamos voltados para o turismo de luxo. Não haverá turismo de massa aqui. Queremos turistas que gostem da Arábia Saudita pelo que é, pessoas que gostem da experiência", afirmou o porta-voz da Comissão Suprema de Turismo (CST), Majid al-Shiddi.
As autoridades confiam que podem atrair centenas de milhares de turistas de luxo para o país. E Meca, santuário da religião repleto de mercados antigos, é central para o plano.
A CST afirmou no começo deste ano que vistos de turismo seriam cedidos a estrangeiros pela primeira vez. O órgão deu licenças a 18 operadoras que poderão expedir os vistos, abolindo a longa lista de espera.
Mas o reino não planeja afrouxar o estrito sistema de moral pública, incluindo o banimento do álcool. Como a CST quer que os turistas lembrem da viagem, foi retirada a proibição que havia de tirar fotos.
Com as receitas do petróleo a níveis recordes, a Arábia Saudita pode se dar ao luxo de ir devagar. Espera atrair 1,5 milhão de turistas até 2020 -hoje o país recebe menos de 100 mil estrangeiros que não sejam peregrinos- e ver um aumento de 5% a 18% na contribuição do turismo na sua economia.
O avanço do turismo surge num momento em que o maior produtor de petróleo do mundo quer diversificar a economia e gerar empregos para a crescente população, que tem hoje 17 milhões de habitantes.
Além de Meca e Medina, há muito a oferecer para turistas não-muçulmanos. "Mergulho, paisagem variada, hospitalidade e sítios históricos. Há mais de 6.300 sítios históricos", disse Shiddi.
Atualmente o trabalho está sendo o de garantir que, quando os visitantes chegarem, encontrarão hotéis para se hospedar, locais para compras e maneiras de se locomover. Como Dubai, Meca vive um boom de construção de hotéis exclusivos, apartamentos e shoppings ao redor da Grande Mesquita.


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