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Tire tarde para casa de Neruda e parque
Fora do centro, bairro da Bellavista oferece passeio cultural, uma mirada panorâmica da cidade e agito noturno
La Chascona, residência do poeta em Santiago, preserva acervo de coleções, incluindo obras de arte e garrafas
ENVIADA AO CHILE
Aos pés do Cerro San Cristóbal, o segundo ponto mais
alto de Santiago, o bairro da
Bellavista convida a uma tarde de cultura, à melhor vista
da cidade, a uma boa refeição ou mesmo a um momento relaxante nos vários bares.
Além do parque Metropolitano (www.parquemet.cl),
que abriga a colina e o zoológico nacional,
o bairro tem uma agitada vida noturna e é o endereço de
La Chascona, a casa do poeta
Pablo Neruda (1904-1973) em
Santiago (há mais duas casas
de Neruda no Chile; www.fundacionneruda.org).
A casa-museu é uma boa
maneira de iniciar uma tarde
de passeio por Bellavista.
Aberta de terça a domingo,
das 10h às 18h, La Chascona,
que significa "desgrenhada"
em quéchua, foi feita para
instalar Matilde Urrutia, dona de cabeleira rebelde, que
foi sua terceira mulher.
Quando o terreno-então
atravessado por um riacho-
foi comprado, Neruda ainda
estava casado com sua segunda mulher, Delia del Carril. Na época, La Chascona
era uma pequena casa em
um endereço discreto, como
pedia o relacionamento.
Neruda se separou de Delia em 1955, quando começaram os planos de ampliação
da casa. Atualmente, são três
prédios, separados por escadas e muito verde.
La Chascona preserva um
tanto da personalidade expansiva de Neruda, como as
coleções de objetos de outros
países -o poeta teve uma
longa carreira diplomática.
Apaixonado por barcos,
Neruda se inspirou no interior deles para erguer La
Chascona, que tem ambientes com cantos arredondados, pé direito baixo e janelas
parecidas com escotilhas.
Entre as diversas coleções
de Neruda -garrafas de vidro, obras de arte, objetos estrangeiros - há um quadro
do pintor mexicano Diego Rivera (1886-1957) e uma luminária projetada pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.
A casa só pode ser percorrida em visitas guiadas, em
inglês (3.500 pesos) e espanhol (2.500).
"SALIR DE CARRETE"
O parque Metropolitano
tem atrações -e tamanho-
para tomar o resto da tarde.
Ao anoitecer, deixe o parque pela saída da rua Pio Nono e entre diretamente na badalada zona de bares e restaurantes de Bellavista.
Se a ideia é experimentar a
noite de Santiago com mais,
digamos, fervor, perca-se entre os infinitos bares da região, onde as bebidas vão
além do famoso pisco sour.
Como dizem os chilenos,
aproveite a noite em Santiago para "salir de carrete"
-ou seja, sair por aí sem rumo, como um carretel rolando pelo chão...
(MARINA DELLA VALLE)
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