São Paulo, quinta-feira, 02 de dezembro de 2010

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Reserve um dia todo para ver o centro santiaguino

Palácio da Moeda, bons museus e comidas caracterizam a capital chilena

Na praça das Armas, há duas paradas: o Museu Histórico Nacional, que ficou fechado por causa do terremoto, e catedral

ENVIADA AO CHILE

Em Santiago, reserve pelo menos um dia para bater pernas pelo centro. Dá para conhecer, e provar, muito da história da capital chilena visitando museus e o mercado.
Comece pelo Mercado Central (www.mercadocentral.cl), na rua San Pablo, 967, em frente ao rio Mapocho -de onde dá para avistar a cordilheira dos Andes. Inaugurado em 1872, o prédio tem linhas sóbrias, e, comparado ao Mercadão paulistano, é pequeno. Mas ali é possível comprar vinhos a bons preços, experimentar as tradicionais empanadas chilenas e, também, comprar suvenires nas barraquinhas de artesanato.
Saindo do mercado, vá pela rua 21 de Mayo até a praça das Armas, rodeada por prédios antigos e árvores sob as quais chilenos velhinhos ficam horas a fio papeando.
De um lado está a catedral Metropolitana de Santiago. Ao lado esquerdo da nave, um altar de prata chama a atenção. Ela está passando por um projeto do governo chileno de valorização ao patrimônio e deve ficar ainda mais bonita até 2013.
Na outra calçada há o Museu Histórico Nacional (www.dibam.cl), que ficou fechado por alguns meses por causa do terremoto de fevereiro. Há desde uma coleção de armas até um acervo de imagens religiosas.
Como a Casa Colorada, construída em 1769, está fechada para reforma -sem previsão de reabertura-, vá direto ao Museu de Arte Pré-Colombino (www.precolombino.cl), que acaba de ser restaurado. Jarros e peças arqueológicas encontradas na América do Sul fazem parte do acervo.
Impressionantes, os "chemamull" -bonecos de madeira em tamanho grande- eram utilizados em rituais no sul do Chile. Outra área interessante é a que traz a arte têxtil, com a explicação de cada trama em um gráfico.
Saindo do museu, vire à esquerda e siga até a praça da Cidadania, onde está o Palácio da Moeda, sede do governo chileno.
Vá até o Centro Cultural Palácio da Moeda (www.ccplm.cl). Fica embaixo da praça. A vista já é linda na entrada. Até março de 2011, fica em cartaz a exposição "Arte na América", com obras de Andy Warhol, Roy Lichtenstein e, entre os chilenos, Roberto Matta e Matilde Pérez.
Bom, é hora de comer alguma coisa. Atravesse a avenida Libertador Bernardo O'Higgins e caminhe até o número 1.576: Confitería Torres (www.confiteriatorres.cl). A casa pertencia a um aristocrata que tinha como cozinheiro José Domingo Torres. Contam os garçons que, de tão boa que era a comida dele, as famílias ricas pediam para que ele ajudasse com as receitas.
O patrão decidiu então fazer do imóvel um restaurante. Isso foi em 1879.
Como naquela época, o local continua recebendo intelectuais e celebridades para provar pratos como a carne com alho (R$ 24).
(LUISA ALCANTARA E SILVA)


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