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Cesaréia tem astros pop em teatro milenar
do enviado especial
A parte mais substanciosa de
Cesaréia já ficou para o passado,
mas as pedras lá remanescentes
ainda ecoam a magnitude da cidadela cuja maior parte foi construída por Herodes, rei da Judéia,
em 30 a.C.
Os ecos são ainda mais fortes no
monumental teatro romano na
entrada de Cesaréia. Mesmo porque ele ainda está em atividade, o
que faz do teatro um dos mais antigos do mundo em funcionamento.
Por lá passaram recentemente
atrações pop como Eric Clapton,
Michael Jackson e Sinéad O'Connor. Entre 10 e 24 de junho de
2000, o teatro recebe um festival
de ópera, com a soprano norte-americana Jessye Norman como
grande atração.
Cumpre-se assim uma das
grandes vocações iniciais de Cesaréia, que, sobretudo nos períodos
em que foi dominada pelos romanos (de 37 a.C. a 324 d.C.) e pelos
bizantinos (324 d.C. a 638 d.C.),
serviu como uma espécie de complexo de entretenimento.
Dele ainda pode-se ver ruínas
de um hipódromo, de uma casa
de banhos romana e de um pequeno anfiteatro, todos construídos no século 2º d.C.
A proximidade dessas ruínas
com o mar Mediterrâneo tempera a beleza da paisagem e indica
outra das atividades que nortearam Cesaréia (ou Cesaréia Marítima, como foi batizada por Herodes, em homenagem a Augustus
César) durante pelo menos 1.200
anos.
Quando os primeiros habitantes conhecidos da região, os fenícios, lá se estabeleceram, fizeram
um porto de grandes proporções.
Cesaréia também serviu como
abrigo marítimo dos romanos, bizantinos, árabes, cruzados, mamelucos e otomanos.
Neste século o mar que banha
Cesaréia também teve importância histórica. Por lá chegaram milhares de judeus impedidos de ingressar no país pelos ingleses entre 1945 e 1948. Membros de um
kibutz das redondezas carregavam nos ombros, até a praia, os
imigrantes trazidos à noite, em
barcos clandestinos.
Alguns anos depois, em 1961, a
história de Cesaréia ganhava mais
páginas. Em escavações na região
da primeira capital da Judéia foi
encontrado o registro mais evidente de que Pôncio Pilatos realmente existiu.
Era uma placa indicando que
um determinado edifício tinha sido dedicado a "Pontius Pilatus,
prefeito da Judéia". A pedra está
exposta.
(CEM)
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