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Deserto da Judéia é como um graveto
do enviado especial
No painel do jipe que usa para
levar turistas para passeios pelo
deserto da Judéia, na entrada de
Massada, o guia Allan Levine deixa um graveto que tinha tudo para passar desapercebido.
Mas após 20 minutos de uma
trilha esburacada e poeirenta, ele
pára o carro, faz os passageiros
sentarem em uma das poucas
sombras do trajeto e pede que todos fiquem em silêncio profundo.
Espera alguns minutos e, com o
graveto em mãos, começa a explicar o que imagina ser o deserto.
Como a madeirinha, ele é seco, espinhoso e tem a mesma coloração, ocre. Levine arranca então
um dos ramos do graveto e o descasca até encontrar uma espécie
de semente. Ele pede que uma das
presentes beba um gole de água e
que mantenha a boca úmida e, em
seguida, pede que a voluntária coloque o grão sob sua língua.
Alguns segundos depois, a semente se transformou em uma
pequena flor branca. É desse modo que o guia conclui sua performance. O deserto tem muitos segredos, assim como o tal graveto.
"Paulocoelhices" à parte, fica fácil entender a mensagem de Levine num passeio pela região. Percebe-se a diversidade de cores de
um cenário aparentemente monocromático. Descobre-se que
um dos pontos mais azuis de Israel está lá, nas areias. É o mar
Morto visto de uma colina local.
Quem quiser discutir com Levine pode tentar o e-mail
jeepers@netvision.net.il.
(CEM)
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