São Paulo, quinta-feira, 03 de maio de 2007

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[!] Foco

Frituras, carnes e falta de ingredientes tornam comida cubana repetitiva

Luciana Coelho/Folha Imagem
Cubano espera comida em balcão; cardápio é o mesmo em quase todos os lugares


DA ENVIADA ESPECIAL

Muita fartura, bastante sabor, pouca criatividade. Cuba não é lugar para gourmands. A escassez de ingredientes e o excesso de gordura tornam os sabores um tanto repetitivos. Frango frito e arroz com feijão, além da banana frita, compõem o cardápio geral.
A pedida são os paladares -restaurantes domésticos autorizados pelo regime nos anos 90, com a chegada da crise econômica. O cardápio não muda, mas a confecção é caprichada e há a peculiaridade de conhecer a casa de um cubano -em Havana, tente o Sarasua (em Vedado) e o Casa Julia (Centro Habana).
Há, no entanto, quem fuja à regra. O Cocina de Lilian (em Playa, na capital) faz frente aos bons restaurantes de qualquer cidade cosmopolita (o sorvete artesanal de mamey, fruta local cujo sabor lembra o do caqui, é memorável) -com a vantagem de que a refeição não supera 20.
Já o capítulo etílico na terra de mojitos e daiquiris é extenso. Da Bodeguita del Medio, celebrizada por Ernest Hemingway, ao Dos Hermanos, o preferido de García Lorca, todos parecem ter história própria. Esqueça os famosos e vá ao Monserrat, em Centro Habana. A atmosfera decadente e os frozen daiquiris a 3 são insuperáveis. (LC)


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