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[!] Foco
Frituras, carnes e falta de ingredientes tornam comida cubana repetitiva
Luciana Coelho/Folha Imagem
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Cubano espera comida em balcão; cardápio é o mesmo em quase todos os lugares |
DA ENVIADA ESPECIAL
Muita fartura, bastante sabor, pouca criatividade. Cuba
não é lugar para gourmands.
A escassez de ingredientes e o
excesso de gordura tornam os
sabores um tanto repetitivos.
Frango frito e arroz com feijão, além da banana frita,
compõem o cardápio geral.
A pedida são os paladares
-restaurantes domésticos
autorizados pelo regime nos
anos 90, com a chegada da
crise econômica. O cardápio
não muda, mas a confecção é
caprichada e há a peculiaridade de conhecer a casa de um
cubano -em Havana, tente o
Sarasua (em Vedado) e o Casa
Julia (Centro Habana).
Há, no entanto, quem fuja à
regra. O Cocina de Lilian (em
Playa, na capital) faz frente
aos bons restaurantes de
qualquer cidade cosmopolita
(o sorvete artesanal de mamey, fruta local cujo sabor
lembra o do caqui, é memorável) -com a vantagem de que
a refeição não supera 20.
Já o capítulo etílico na terra de mojitos e daiquiris é extenso. Da Bodeguita del Medio, celebrizada por Ernest
Hemingway, ao Dos Hermanos, o preferido de García
Lorca, todos parecem ter história própria. Esqueça os famosos e vá ao Monserrat, em
Centro Habana. A atmosfera
decadente e os frozen daiquiris a 3 são insuperáveis.
(LC)
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