São Paulo, segunda-feira, 03 de setembro de 2001

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Araucária típica está ameaçada de extinção

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A serra catarinense é rodeada pelo pouco que resta da mata de araucárias, formação vegetal característica do planalto Meridional e que tem no pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) seu principal representante.
Embora tenha uma das menores áreas entre as matas brasileiras, esse tipo de vegetação apresenta grande valor econômico por ser homogênea.
O pinheiro pode ser aproveitado de várias maneiras. Na indústria, é utilizado na produção de caixas, móveis e palitos de fósforo. Pode ser usado também como árvore ornamental em parques e jardins. E sua semente, o pinhão, serve de alimento.
A espécie, nativa do Brasil, está ameaçada de extinção. A árvore cresce normalmente em áreas acima de 500 m de altitude e precisa de uma alta quantidade de chuvas para se desenvolver.
O clima subtropical e o relevo da serra catarinense trazem esses dois componentes, essenciais para o desenvolvimento da espécie. Seu corte foi proibido na região.

Gralha-azul
As sementes de araucárias são disseminadas naturalmente pela gralha-azul, ave típica da região, que pode ser facilmente observada nos pinheiros existentes nos arredores da cidade.
A beleza das araucárias pode ser notada por sua individualidade -cada uma tem um conjunto próprio de galhos e copas elípticas que, em meio à névoa presente no inverno, assemelha-se a uma galáxia vagando no vazio.
Além de ser responsável pelo espetáculo das araucárias, a gralha-azul também dá nome à rádio da cidade, que funciona como uma espécie de celular rural.
Todos os dias, o radialista transmite recados de moradores que estão na cidade e que precisam se comunicar com algum conhecido em localidades distantes do centro de Urubici, onde não existe telefonia fixa. (LGB)


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