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Araucária típica está ameaçada de extinção
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A serra catarinense é rodeada
pelo pouco que resta da mata de
araucárias, formação vegetal característica do planalto Meridional e que tem no pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) seu
principal representante.
Embora tenha uma das menores áreas entre as matas brasileiras, esse tipo de vegetação apresenta grande valor econômico
por ser homogênea.
O pinheiro pode ser aproveitado de várias maneiras. Na indústria, é utilizado na produção de
caixas, móveis e palitos de fósforo. Pode ser usado também como
árvore ornamental em parques e
jardins. E sua semente, o pinhão,
serve de alimento.
A espécie, nativa do Brasil, está
ameaçada de extinção. A árvore
cresce normalmente em áreas acima de 500 m de altitude e precisa
de uma alta quantidade de chuvas
para se desenvolver.
O clima subtropical e o relevo
da serra catarinense trazem esses
dois componentes, essenciais para o desenvolvimento da espécie.
Seu corte foi proibido na região.
Gralha-azul
As sementes de araucárias são
disseminadas naturalmente pela
gralha-azul, ave típica da região,
que pode ser facilmente observada nos pinheiros existentes nos
arredores da cidade.
A beleza das araucárias pode ser
notada por sua individualidade
-cada uma tem um conjunto
próprio de galhos e copas elípticas
que, em meio à névoa presente no
inverno, assemelha-se a uma galáxia vagando no vazio.
Além de ser responsável pelo espetáculo das araucárias, a gralha-azul também dá nome à rádio da
cidade, que funciona como uma
espécie de celular rural.
Todos os dias, o radialista transmite recados de moradores que
estão na cidade e que precisam se
comunicar com algum conhecido
em localidades distantes do centro de Urubici, onde não existe telefonia fixa.
(LGB)
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