DA ENVIADA ESPECIAL A PIRACICABA

Por oferecer muito mais do que as tradicionais "pamonhas fresquinhas, pamonhas de Piracicaba, pamonhas, pamonhas, pamonhas", a cidade do interior paulista foi eleita por Paulo Caruso como a terra de seu coração. Não foi lá que nasceu, mas Caruso não esconde sua paixão pela capital das pamonhas, da cachaça (difícil de ser encontrada) e do tão lembrado rio homônimo.
O carinho especial pela cidade não é gratuito. Foi em Piracicaba, nas idas anuais ao salão de humor, que conheceu colegas de profissão, como os cartunistas Henfil e Luis Fernando Verissimo, e sua mulher, "um motivo para ir mais vezes à cidade, e não só uma vez por ano".
Ainda hoje, para Caruso, "tomar uma cervejinha gelada aos domingos no Brasserie e ver os velhinhos passeando na praça José Bonifácio é a coisa mais queridinha que existe". Vale lembrar que o restaurante, segundo o próprio cartunista, está decadente.
Outra dica quente, em especial para os amantes de jazz, é o The Dog & Trumpet, bar onde, além do estilo musical nascido em Nova Orleans (EUA), às quartas-feiras, na noite dos solteiros, "rola uma paquera forte".
Das paisagens da cidade do interior de São Paulo, o que mais agrada ao cartunista são as diversas "possibilidades" num mesmo lugar. "Quem caminha sobre a ponte que leva ao Engenho Central pode, às vezes, pensar que está em San Francisco, na Golden Gate, mas não, está em Piracicaba. Passear pela rua do porto pode lembrar Parati, mas você está em Piracicaba. Até a fachada da Esalq [Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz" lembra Luxemburgo, mas é Piracicaba", brinca o cartunista. (CAROL FREDERICO)